Lina tem como objetivo se tornar profissional na área. "Desde pequena eu sempre amei as sereias. Dizia para minha avó que sempre queria ser uma. E, ano passado, consegui realizar meu sonho depois de encontrar os vídeos da Mirella (primeira representante no país). Conversamos e ela me ajudou", afirmou a sereia brasiliense.
Elas não possuem doutrinas sobre alimentação ou estilo de aparência, cada uma tem a liberdade de ter seu próprio estilo. A única exigência é se importar com a natureza, preocupando-se com o mar e os animais que existem no mundo.
Lina conta que gastou por volta de R$ 300 para confeccionar a cauda de sereia e demorou uma semana. Foram poucos os materiais utilizados: três cartolinas para fazer o molde do corpo, um monofin (pé de pato) e um tecido de lycra que se assemelhe com as escamas de peixe. É possível ver o passo a passo da confecção da peça em um vídeo que ela postou no .
Para se tornar profissional, além da cauda, Lina tem que praticar apneia - técnica de suspensão, neste caso, voluntária da respiração - para conseguir ficar até dois minutos sem respirar debaixo d;água. "Eu não fiz o curso ainda, mas treino duas vezes por semana com o meu professor de hidroginástica", afirmou.
[VIDEO1]
Precursora
No Brasil, Mirella Ferraz foi a primeira pessoa a ir a fundo no assunto e a se tornar profissional do sereísmo. "A sereia é livre e independente. Pode fazer o que quiser, nadar pelo mundo inteiro e conquistá-lo. Ser sereia não é um hobby, é uma atitude", contou Mirella ao blog Sereísmo, que destrincha todo o universo das serias.
O Youtube e o Facebook são duas ferramentas que têm ajudado o sereísmo a se difundir pelo Brasil. No site de vídeos, é possível encontrar várias pessoas ensinando como fazer para confeccionar uma cauda e como é a experiência de ser sereia -- alguns chegam a ter mais de 5 milhões de acesso. Já o Facebook é o local onde os adeptos têm um grupo de interação que já conta com mais de 1.600 pessoas.
Mundo marinho na moda
No último ano, o tema sobre sereias e mar começou a ser explorado pelo mundo da moda e muitas marcas, como a Farm, Imaginarium e o Boticário desenvolveram produtos focados no assunto. Nessa onda, duas mães criaram a loja Sirenita, que produz e vende caudas de serias e tritões para crianças terem a oportunidade de experimentar a sensação de ser um ser marinho.
As adeptas do Sereísmo vêem essa tendência como algo importante para o desenvolvimento do ideal para quem ainda não conhece. Nannarhara Bessa, 30 anos, social media, sempre teve interesse por seres mágicos e os mistérios que os rodeiam. Com a exploração do assunto pelo mercado de roupa, ela viu seu desejo despertar novamente.
"Era bem difícil achar coisas relacionadas, a única referência que se tinha era da sereia Ariel, da Disney, mas de uns tempos pra cá tem se popularizado mais, e com algumas artistas divulgando e entrando na onda, ajudou bastante. As marcas também perceberam isso e passaram a investir em itens que vão desde decoração a maquiagens".
Sereísmo na mídia
O mundo dos famosos também tem aderido a moda. Ivete Sangalo, Britney Spears, Adriane Galisteu e Cláudia Ohana foram algumas que aderiram ao estilo barbatana.
[VIDEO2]
Em novembro de 2015, a Disney anunciou que o filme da Pequena Sereia ganhará uma nova versão e que a atriz Chlo; Moretz fará o papel principal de Ariel.