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Cidades

Diagnóstico tardio acelera óbito de pacientes vítimas de câncer bucal

Dados da Secretaria de Saúde apontam que dos 130 pacientes vítimas de câncer bucal tratados, 53 morreram. O número poderia ser menor se a identificação ocorresse mais cedo e se a cobertura odontológica da rede pública fosse melhor



O estomatologista Eliziário Cesar, que coordenou o levantamento inédito, minimiza os problemas da rede e atribui a mortandade dos pacientes ao tratamento tardio. ;Normalmente, os pacientes bebem e fumam demais, o que aumenta os fatores de risco. Comumente, o câncer, quando detectado com 2cm, é passível de cura. Porém, os pacientes chegam com tumores de 4cm ou mais;, explica. O especialista destaca que cinco dos 140 tipos do HPV são potenciais causadores da doença.

Dos pacientes tratados no Hran com câncer na boca, 73,1% são homens e 26,9%, mulheres. Um dado preocupa a equipe da Gerência de Odontologia: em 33,8% dos casos não se conseguiu contato para checar os resultados do tratamento, ou seja, o número de óbitos pode ser maior. No DF, o Hran é referência no diagnóstico da doença e o Hospital de Base (HBDF), no tratamento.

A cirurgia e a radioterapia são os métodos terapêuticos mais usados no tratamento. Com a baixa oferta de serviços na rede pública, o brasiliense precisa procurar alternativas. O Serviço Social do Comércio (Sesc-DF) abre vagas para atendimento à comunidade uma vez por mês. ;A demanda sempre é muito grande, mas existe um erro maior: as pessoas só procuram quando tem problema. Não existe a cultura de promoção à saúde bucal;, alerta a coordenadora de Serviços Odontológicos do Sesc-DF, Márcia Maria Neves. Em 2015, a instituição atendeu mais de 20 mil pessoas, por meio do programa OdontoSesc, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).

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