A mulher de 29 anos que foi vítima de tentativa de latrocínio (roubo seguido de homicídio) na noite desta segunda-feira (11) em Águas Claras concedeu entrevista ao Correio Braziliense. Com o curativo no peito à mostra, onde o tiro a atingiu, ela conta como tudo aconteceu desde o momento quando saiu para passear com a cadelinha até parar no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
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Moradora de Águas Claras, ela saiu por volta das 21h30 com o animal de estimação. Estava sentada no meio-fio quando um jovem - que ela estima ter entre 17 e 20 anos - passou, caminhando, sozinho. Ao notar a presença dele, Pepita latiu, o que fez com que ele se assustasse. ;Eu dei um sorriso para ele se tranquilizar. Não imaginei que ele iria retornar;, afirma a vítima.
O homem continuou a caminhada e a mulher permaneceu no local, mexendo no celular. Meia hora depois, ele voltou. Desta vez, para assaltá-la. ;Ele estava muito nervoso, não teve paciência de esperar que eu passasse meu celular pra ele. Ele atirou em mim. Atirou e saiu correndo;, conta. Vizinhos relataram à moradora que o mesmo homem havia assaltado outras duas pessoas poucos minutos antes, mas a Divisão de Comunicação da Polícia Civil não confirma a informação.
A bala a feriu superficialmente. Segundo a própria vítima, o projétil ;entrou por baixo do seio e saiu por cima;, por isso não correu risco de morte e à 1h já havia sido liberada do HBDF. ;Eu não percebi que tinha levado o tiro. Estava vestida com uma blusa de manga longa e eu não senti dor na hora. Vi que a arma tinha disparado, mas achei que não tinha me acertado nem acontecido nada demais. Depois que eu abaixei a blusa e notei que estava tudo ensanguentado;, detalha.
A partir de agora, a moradora de Águas Claras pretende tomar mais cuidados. Evitará, por exemplo, sair à noite e expor objetos de valor. ;Gostaria que ele fosse preso, porque ele oferece perigo a outras pessoas. O que ele fez não é justo. Eu me sinto impotente diante dessa situação. Isso traz uma sensação de insegurança pra gente. De cuidado também, de que a gente precisa ter mais cuidado;, avalia. Até agora, ninguém foi encontrado.