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Mercado de combustíveis do DF continua sob investigação, diz Cade

O órgão vai averiguar, após os reajustes, se permanecem indícios cartel, ou seja, de comportamento coordenado entre os postos concorrentes

Os indícios de cartel em postos de gasolina no Distrito Federal continuam sendo alvo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão afirmou em nota, nesta quinta-feira (7/1), que continua a averiguar, mesmo após os reajustes de preços nas bombas, se permanecem indícios de comportamento coordenado entre os postos concorrentes. Hoje, alguns postos de combustíveis do DF aumentaram o preço por litro de gasolina. O valor chegou a R$ 3,97. A justificativa, segundo os funcionários, seria o aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

[SAIBAMAIS]De acordo com o Cade, caso seja verificada a continuidade de indícios anticompetitivos, um novo estudo será realizado, junto aos demais órgãos de investigação, para decidir quais eventuais medidas deverão ser tomadas. ;Permanecendo os efeitos colusivos, a Superintendência-Geral do Cade reafirma o compromisso de estudar a proposição de medidas mais interventivas (como a venda de postos, por exemplo, a fim de desconcentrar o mercado). Algumas medidas, contudo, dependem da conclusão e julgamento do processo administrativo, que deve seguir fases legalmente estabelecidas de contraditório e ampla defesa", escreveu.



Segundo eles, o aumento de preços nos combustíveis observado se deve ao reajuste no valor dos tributos realizado pelo Governo do Distrito Federal e, portanto, o órgão não participa das decisões sobre aumento de impostos, que são tomadas pelo governo. O Cade afirma ainda que esse reajuste é uma oportunidade para que os revendedores precifiquem o valor cobrado por cada posto de forma não cartelizada.