Nesta terça-feira (22/12), as selecionadas estarão reunidas no novo local de trabalho para os últimos ajustes. Tirar a medida do uniforme, conhecer as características técnicas do trabalho e também a função que irão desempenhar. "Estou com medo de não conseguir corresponder aos requisitos. Ainda não sei o que vou fazer exatamente, mas estou muito contente. Para mim foi uma surpresa ser selecionada. Se esta porta se abriu vou aproveitar a oportunidade", afirma Maria de Jesus Moreira, 72 anos, uma das contratadas. Mesmo com a experiência, o frio na barriga é inevitável. "Parece que estou sonhando", resume.
Segundo Paulo Eduardo Pagani, um dos donos do estabelecimento, vários empresários amigos dele entraram em contato para pedir indicação de funcionárias nessa faixa etária e disseram estar dispostos a oferecer as condições de trabalho necessárias. "Senhoras do Rio de Janeiro e de São Paulo me ligaram. Foi surpreendente", comenta. O gerente da confraria Samuel Sousa Santos, 27 anos, conta que uma mulher do Equador procurou por ele e perguntou se poderia fazer a entrevista por telefone. "Caso fosse selecionado disse inclusive que voltaria ao Brasil", relata.
Samuel se mostra entusiasmado com a ideia de dividir o ambiente de trabalho com uma figura materna. "Vai ser bom chegar de manhã e pedir conselhos. Elas devem ter muita experiência de vida para dividir com os outros funcionários", acredita. Para Paulo, comprometimento define o diferencial destas profissionais. "Elas não vão pensar em outro emprego. Vão concentrar onde estão. São pontuais. Chegaram aqui hoje duas horas antes do combinado. Além disso, são profissionais motivadas, são vida ao ambiente", declara.