Disponibilizar-se para o bem comum. Com esse princípio, o jovem atleta Henrique Pamplona, 26 anos, vai em direção ao Núcleo Rural Lago Oeste, em Sobradinho, duas vezes na semana, para lecionar a patinação artística para mais de 30 crianças e adolescentes. O projeto, ainda sem nome, ensina o esporte para aqueles que nunca imaginaram um dia aprender a atividade. No Dicionário Aurélio, a definição seria contribuir para que outrem faça alguma coisa; favorecer; facilitar. A palavra em questão: ajudar. A partir de hoje, o Correio publica a série #PrazerEmAjudar. Cinco casos de pessoas e grupos que contribuem para a construção de uma Brasília melhor.
Entre os primeiros participantes, está a estudante Luziene Pereira Cardoso, 17 anos. ;Sempre quis patinar, desde criança, mas nunca tive oportunidade. Quando disseram que ia começar aulas aqui, fui uma das primeiras a me inscrever;, lembra. A participação no programa esportivo solidário rendeu a ela três participações em campeonatos. Em duas etapas do Brasiliense de Patinação Artística, a garota conquistou o segundo e o primeiro lugares do pódio.
A dedicação nas aulas fez com que Luziene se tornasse uma das monitoras do projeto social. ;Da mesma forma que ganhei a oportunidade de aprender um esporte, quero contribuir para que outras crianças e adolescentes tenham a mesma sorte que a minha. Eu não teria condições de pagar. Ajudo hoje, e quero continuar no futuro;, comenta. Diante das conquistas, a garota pretende seguir carreira no esporte. ;É algo que me faz bem.;
Assim como Luziene, o estudante Daniel de Almeida, 17, já participou de disputas esportivas. ;Nunca pensei em fazer patinação, mas sempre fui interessado em esportes e em artes. As aulas aqui são de grande valia, uma vez que abrange uma comunidade que carece de práticas esportivas. É um projeto para todos;, declara. O gosto pelo esporte é tanto, que o jovem também pretende seguir carreira de patinador profissional. ;Depois da escola, esse é um lugar que me sinto bem. A patinação propicia isso pra mim; por isso, pretendo continuar;, afirma.
;Criei um amor pelo esporte. Não esperava que seria tão bom.; As frases são da estudante Luíza Beda, 16, que, desde o início, participa das aulas de patinação. Antes, as caminhadas com patins eram apenas nas ruas da região ou nos parques. Depois que ela começou a participar do projeto social, o desempenho no esporte melhorou. Hoje, ela sabe as coreografias e principais manobras exigidas nas grandes disputas. ;O projeto ocupa meu tempo de uma forma produtiva. A realização das aulas é uma chance para aqueles que não poderiam arcar com os custos. Isso beneficia muito a população.;
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