Residentes e funcionários de enfermagem fizeram um protesto no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) na manhã desta quarta-feira (16/12). Cerca de 200 funcionários da unidade gritaram palavras de ordem e exibiram faixas pedindo melhores condições de trabalho, valorização da residência médica e por melhorias no Serviço Único de Saúde (SUS). Eles reclamaram a falta de remédios, leitos, exames e outros serviços hospitalares que não atendem à demanda.
A Secretaria de Saúde anunciou que a partir de hoje, os hospitais do Guará e da Asa Norte funcionarão como retaguarda da unidade para desafogar os atendimentos, e ressaltou que a pediatria do Hmib não será fechada. O Hospital Regional do Guará disponibilizará um técnico, um motorista e uma ambulância para fazer o transporte de pacientes do Hmib para o Guará, onde há 17 pediatras e 15 leitos. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran) são 11 pediatras e 20 leitos que acrescentarão a pediatria do Hmib, que funciona atualmente com 30 leitos na enfermaria e 22 no Pronto-Socorro.
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O deficit de pediatra da rede é de 252 profissionais, sendo 24 somente no Hmib. A secretaria informou, ainda, que já foi autorizada a contratação de 63 pediatras, prevista para 4 de janeiro, sendo 20 deles no Hospital Materno Infantil. Além disso, a Secretaria de Planejamento analisa a contratação de 419 profissionais de saúde e a ampliação de carga horária de 320 profissionais de diversas áreas.
Outras unidades
Pacientes do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) também reclamam dos serviços. Ana Paula Ferreira, 24, é familiar de um paciente que sofreu um atropelamento e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade desde 4 de dezembro. Ela relatou que a vítima está em estado grave e, segundo os médicos, não pode ser tratada sem um exame de tomografia, que só é feito no Hran.
Embora as unidades fiquem a cerca de 3,5 quilômetros, o transporte do paciente que necessita urgentemente do procedimento é inviável. Isso porque a unidade não dispõe de ambulâncias para fazer o transporte dos pacientes. Sobre o caso, a Secretaria de Saúde informou, que esse transporte é feito de forma regular por equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Um médico doa unidade de saúde informou, que esse translado não é diário, e que quando atendidos, no máximo dois pacientes são levados ao Hran.
Com informações de João Vitor Silva.