Jacqueline Saraiva
postado em 13/12/2015 15:22
Encontrado ainda filhote e sozinho, em construções no Tocantins, um tatu-canastra fêmea é o novo habitante da Fundação Jardim Zoológico de Brasília. O animal, que mede cerca de um metro de comprimento e pesa 17 quilos, é o único no mundo a estar em um zoo. Segundo a instituição, a fêmea, apelidada de Maria Bonita -- ou Mabu --, poderá ser conhecida pelos visitantes a partir do próximo ano.
Mabu já é moradora do DF há sete meses e seus hábitos são como os de qualquer espécime: dorme durante todo o dia e aproveita a noite para passear e dar algumas escavadas na terra. O caminho até o novo lar foi longo. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o trouxe para o Centro de Triagem de Animais Silvestres da instituição, na Floresta Nacional (Flona) de Brasília, e depois o levou para ser cuidado no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB). Por fim, chegou ao zoológico.
Segundo a zootecnista da unidade Ana Raquel Gomes Faria, o animal não consegue mais se adaptar ao habitat, já que foi criado por humanos e em cativeiro. Como ainda é muito novo, seria presa fácil na natureza. Segundo ela, o pequeno animal chegou ainda com os olhos fechados à UnB, provavelmente com uma semana de vida.
[SAIBAMAIS]Por enquanto, Mabu ainda mora em um lar provisório, mas a previsão é de que as obras para a construção de um local apropriado para o animal comecem no primeiro semestre de 2016, quando a fêmea poderá ser conhecida pela população. Já que vive sozinho, o tatu-canastra não pode compartilhar o ambiente do tatu-bola Juca, morador do zoo desde janeiro.
Extinção
Os tatus-canastra se encontram principalmente na América Sul, na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, podem ser encontrados em quase todo o país, exceto no Nordeste. Segundo o Zoo, eles estão ameaçados de extinção, com taxas de reprodução baixas e de mortalidade altas, principalmente pela perda de habitat e a caça predatória. Por esses fatores, ele está classificado como vulnerável pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para Conservação da Natureza ; organização sediada na Suíça que trabalha com a conservação de recursos naturais.
Com informações da Agência Brasília