Uma auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal mostrou o risco que estudantes correm usando o transporte público escolar da capital. Além de trafegarem em veículos sujos e mal conservados, dos 566 veículos que atendem as escoas do GDF 332 rodam com idade de uso acima de sete anos, o que é proibido e, desses, 12 tem idade entre 16 e 18 anos, mais que o dobro do permitido por lei.
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O presidente do TCDF, Renato Rainha, apresentou os dados na manhã desta sexta-feira (12/12). O transporte público escolar atende cerca de 113 mil estudantes. Os problemas não param por aí. Os gastos com o transporte precário praticamente dobraram entre 2011 e 2014. Saltaram de R$42,7 milhões para R$ 82,2 milhões, 92,4% a mais. A auditoria do TCDF apontou gastos duplicados do GDF com passagens.
O levantamento foi feito durante o ano passado. Auditores do órgão visitaram 57 escolas em todas as regionais de ensino do DF. Renato Rainha criticou o descaso. Com o serviço prestado aos estudantes da capital federal. ;Educação é prioritária e o que vemos é uma gestão ineficiente do transporte público escolar. Um simples cruzamento de dados do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) com a Secretaria de Mobilidade (Semob) já evitaria duplicidades;, alfinetou.
Por meio de nota, a Secretaria de Mobilidade informou que, jutamente com o DFTrans, está identificando estudantes que utilizam o transporte escolar e tem o Passe Livre Estudantil (PLE), o que causa uma sobretaxa ao GDF. Segundo o texto divulgado, "é importante ressaltar que, a partir de janeiro, será feita a atualização do cadastro dos alunos que possuem o PLE e, na ocasião, eles terão que apresentar o CPF, que antes não era exigido. A medida visa diminuir as fraudes no benefício".