Três funcionários do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) são acusados de participar de esquema de tráfico de influência, corrupção ativa e emissão de atestados médicos falsos em hospitais. Um deles, o serviços-gerais Anivaldo de Almeida Pereira, 76 anos, preso preventivamente, também é acusado de falsidade ideológica. Segundo a polícia, ele se passava por médico e por policial. Se condenado, ele pode passar até 40 anos na cadeia.
Anivaldo estaria aposentado há cinco anos, mas ainda trabalhava informalmente no HRT. O esquema dele beneficiava, pelo menos, seis pessoas ; todas prestaram depoimento na 12; Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). A investigação começou há 8 meses, após denúncia do diretor do Hospital de Taguatinga, Benvindo Rocha. Anivaldo já tinha passagem por furto e denunciação caluniosa. Ele praticava os crimes há 15 anos.
Os outros profissionais indiciados são o clínico geral Francisco Valtenor de Araújo Lima Filho, 38 anos, e o oncologista Valdir Soares da Costa, 46. Eles são suspeitos de fornecer atestados falsos e participar do esquema passivamente.
Segundo o delegado adjunto da 12; DP, Fábio Costa, responsável pelo caso, ;existem mais funcionários da rede pública envolvidos. Como ainda não os identificamos, vamos continuar as investigações;, afirmou. A Divisão de Comunicação da Polícia Civil garantiu que Anivaldo cobrava entre R$ 100 e R$ 150 de cada paciente para encaminhá-los ao atendimento médico e à marcação de cirurgias.