A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu na manhã desta terça-feira (1/12), pelo menos sete pessoas suspeitas de extorsão ligadas ao Movimento de Resistência Popular (MRP), uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A ;Operação Varandas; começou nas primeiras horas do dia e é comandada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco). Agentes cumpriram mandados de prisão por organização criminosa. Três pessoas estão foragidas. Pelo menos um dos envolvidos também é suspeito de homicídio.
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Um dos cabeças do esquema é Edson Francisco da Silva, líder do MRP. Ele e a mulher, Ilka da Conceição Carvalho, estão entre os presos. As investigações apontam que o grupo se aproveitava financeiramente de famílias beneficiadas por auxílio aluguel de até R$ 600.
Inicialmente, as famílias tinham de pagar R$ 50, mas, segundo a polícia, o valor cobrado atualmente era de R$ 300. Os suspeitos coagiam as vítimas dizendo que iriam tirá-las da lista dos beneficiados e que tinham influência no governo para tal.
Segundo o delegado-chefe da Deco, Luiz Henrique Sampaio, Edson se cercou de guarda-costas. Alguns, com ficha criminal, para praticar as extorsões. Um deles é Edmílson Gonçalves do Nascimento, suspeito de ter assassinado uma pessoa na semana passada. O crime, no entanto, não teria ligação com a atuação do grupo.
Edson chegou a integrar MTST, mas após brigas, decidiu montar o novo grupo. ;As denúncias começaram a surgir a partir da recusa de algumas famílias em fazer as contribuições exigidas por ele;, contou o delegado.
Quatro armas de fogo, uma espada, uma algema, munição, um Corolla 2015, avaliado em R$ 85 mil; e R$ 26 mil, em dinheiro, foram apreendidos com os detidos. Se condenados, os envolvidos podem pegar até 30 anos de prisão.
Endereços
Ao longo de 2015, integrantes do Movimento Resistência Popular pelo Direito à Cidade (MRP) ocuparam cinco endereços diferentes. Em setembro, passaram uma semana em frente ao Ministério das Cidades e mais de dois meses no estacionamento da Secretaria de Agricultura, à margem do Eixão Norte, em barracas de lona.
Após serem retirados da área pública pela Polícia Militar, em uma operação surpresa, os sem-teto aproveitaram um bloqueio judicial que determinou o fechamento do St. Peter Hotel, no Setor Hoteleiro Norte, e tomaram conta do prédio, permanecendo no empreendimento por oito dias. Donos do edifício alegavam que o prédio havia sido recém-reformado e estava quase pronto para reabrir. Foi necessário acionar a Justiça e cortar água e luz, na tentativa de obrigar os manifestantes a saírem por conta própria.
O GDF preferiu não entrar em confronto, e, mesmo com autorização judicial, preferiu não retirá-los à força. Após negociações, os sem-teto firmaram acordo com o Executivo e foram transferidos para o Clube Primavera, em Taguatinga, comprometendo-se a não edificar ou desmatar a região. Os termos foram desrespeitados e, menos de um mês após a mudança, foram retirados em operação da PM, em 20 de outubro. No total, 56 construções irregulares foram removidas na área do clube, também abandonado.
Após serem retirados da área pública pela Polícia Militar, em uma operação surpresa, os sem-teto aproveitaram um bloqueio judicial que determinou o fechamento do St. Peter Hotel, no Setor Hoteleiro Norte, e tomaram conta do prédio, permanecendo no empreendimento por oito dias. Donos do edifício alegavam que o prédio havia sido recém-reformado e estava quase pronto para reabrir. Foi necessário acionar a Justiça e cortar água e luz, na tentativa de obrigar os manifestantes a saírem por conta própria.
O GDF preferiu não entrar em confronto, e, mesmo com autorização judicial, preferiu não retirá-los à força. Após negociações, os sem-teto firmaram acordo com o Executivo e foram transferidos para o Clube Primavera, em Taguatinga, comprometendo-se a não edificar ou desmatar a região. Os termos foram desrespeitados e, menos de um mês após a mudança, foram retirados em operação da PM, em 20 de outubro. No total, 56 construções irregulares foram removidas na área do clube, também abandonado.
O último ponto ocupado foi o Torre Pálace Hotel, no Setor Hoteleiro Norte, onde parte do grupo ainda permanece. Na manhã desta terça-feira (1;/12), Polícia Civil fez buscas no local.
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