Jornal Correio Braziliense

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Estudante do DF arrumou malas e seguiu para ajudar vítimas em Mariana

A tragédia em Mariana (MG) comprova o que muitos já sabem: o brasileiro é solidário

A estudante da Universidade de Brasília (UnB) Jéssica Ferreira, 24 anos, passou a infância ouvindo sobre a possibilidade de a barragem construída em sua cidade, Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, se romper. O temor não se transformou em realidade, mas isso não a impediu de sair da capital do país para ajudar os moradores de Mariana, cidade mineira que enfrenta uma tragédia após o rompimento das barragens do Fundão e Santarém, da Mina do Germano, propriedade da Samarco.

O receio de menina motivou a jovem a fazer diferente. ;Cheguei à cidade dois dias após o desastre. Quando vi o que aconteceu, não consegui pensar em outra coisa a ser feita. Fiquei muito comovida;, explica a jovem. O cenário desolador que viu só não era menor que a falta de informações, tanto para os voluntários quanto para os moradores atingidos. ;A mineradora não nos deixava chegar perto de nada. Só depois, pudemos conversar com quem vivia lá. E o principal problema era a falta de água;, relata.

Jéssica não foi a única moradora do Distrito Federal que decidiu se envolver diretamente na tentativa de reduzir o drama que acontece em Minas Gerais. O jornalista Cristiano Porfírio, 42, está montando um grupo em Brasília para levar água potável até a cidade de Governador Valadares. Mesmo distante mais de 300km de Mariana, o município ficou sem água depois que os rejeitos de minério de ferro tomaram conta do rio Doce, que abastecia o local. ;Estão sendo divulgadas poucas informações sobre o que realmente está acontecendo. Um amigo que mora na cidade foi quem me avisou da gravidade da situação. Foi quando decidi encabeçar esse movimento.;

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