Depois da queda de braço entre o secretário de Segurança Pública, Arthur Trindade, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo César, que levou à crise na área e à saída do chefe da pasta, a escolha do novo secretário vai exigir muito diálogo com a cúpula das polícias. Insatisfeitos com as relações que o sociólogo Arthur Trindade mantinha com as corporações, representantes do setor pressionam o chefe do Executivo a nomear alguém que, como eles definem, ;conheça a segurança pública e saiba integrar as instituições;.
Na visão do coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, Rollemberg deve se espelhar ainda mais no ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB, morto em 2014), principal influência do programa governamental Viva Brasília com o Pacto Pela Vida. ;Não consigo imaginar um perfil de secretário enquanto as polícias tiverem excessiva autonomia. Rollemberg deve seguir o exemplo do correligionário dele, Eduardo Campos, e se reunir pelo menos uma vez por mês com os comandantes das corporações;, comparou. Para o especialista, o chefe do Executivo não deveria ter recebido uma representação de coronéis da Polícia Militar em casa. ;O trabalho do Arthur era positivo. Rollemberg demonstrou fraqueza e falta de autoridade. Ele tinha que receber somente o secretário, transformá-lo em um protagonista, tentar dar prestígio e condições para um trabalho continuado;, disse. E concluiu: ;O comandante Florisvaldo César mostrou insubordinação e deveria ser substituído. Rollemberg precisa recomeçar do zero.;
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