Jornal Correio Braziliense

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Greves e embate com sindicatos desgasta governo de Rollemberg

Apesar do sucesso de algumas negociações com entidades que representam os servidores, a relação com sindicalistas continua tensa e é alvo de críticas até mesmo do partido de Rollemberg. Pagamento dos retroativos pode ser uma forma de reaproximação

As longas negociações que levaram várias categorias do GDF a decretarem o fim da greve e outras a sinalizarem para o término do movimento não foram suficientes para estancar a crise no Palácio do Buriti. Na última semana, as notícias positivas foram ofuscadas pelas pautas negativas. A disputa entre o secretário de Segurança Pública, Arthur Trindade, e o comandante-geral da Polícia Militar, Florisvaldo César, ficou restrita aos bastidores por quase uma semana. Mas, na quarta-feira passada, as divergências entre os órgãos que deveriam trabalhar em conjunto ficaram incontornáveis. A queda de braço desgastou uma das poucas áreas bem avaliadas do governo de Rodrigo Rollemberg e acabou com o pedido de demissão de Arthur Trindade.

[SAIBAMAIS]O aceno do socialista aos sindicalistas na semana passada, quando admitiu pagar de maneira retroativa os reajustes a 32 categorias adiados em um ano, pode servir como um recomeço na tensa relação entre servidores e governo. Eles veem o avanço na negociação como um reconhecimento do GDF a direitos aprovados por lei. Sindicalistas esperam que, a partir disso, as divergências com Rollemberg possam ser superadas. Isso porque as críticas de líderes sindicais sobre a postura do Executivo vão muito além do atraso no repasse dos aumentos ou mesmo da violência da PM contra professores, na ação de desobstrução do Eixão Sul, no último dia 28.

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Para eles, o discurso adotado pelo governo desde o início do ano não é favorável ao servidor público. Apesar de o Buriti classificar como legítimas as manifestações, incomoda os sindicatos a reclamação insistente do governo sobre o peso da folha salarial. Comparações dos vencimentos de empregados do GDF com os de outros segmentos é, na opinião dos sindicalistas, um argumento que se volta contra o próprio governo nas mesas de negociação. ;Eles comparam o salário, mas não citam o custo de vida em Brasília nem a relação dos servidores com o comércio, com a economia da cidade;, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal (Sindser), André Luiz da Conceição.

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