[VIDEO1]
Um vídeo mostra o momento em que policiais militares retiram, à força, manifestantes de dentro dos veículos, durante bloqueio da via, no Eixão Sul, na manifestação dessa quarta-feira (28/10). Logo em seguida, os policiais utilizam spray de pimenta contra dois manifestantes que aparentavam argumentar sobre a ação. O registro termina com a imagem de um manifestante, já imobilizado no chão, sendo algemado por um militar.
Em nota, a Polícia Militar informou que houve diversas tentativas de negociação para liberar o Eixão Sul. Segundo a corporação, o uso progressivo da força foi necessário para desobstruir a via. A PM reforçou, ainda, que não houve excessos. "Nossos policiais agiram de acordo com o que manda a legislação vigente, respeitamos os direitos humanos e a ação tinha como objetivo apenas garantir a vontade da maioria da população, o direito constitucional de ir e vir".
Denúncia na Câmara Legislativa
Professores em greve foram a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na tarde desta quinta-feira (29/10), oficializar denúncias de agressões sofridas pela Polícia Militar durante a manifestação no fim do Eixão Sul na tarde de quarta-feira (28/10). A presidente da Casa, Celina Leão (PDT), o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Ricardo Vale (PT), e outros parlamentares receberam por volta das 14h30 desta quinta-feira representantes do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro).
Segundo o presidente da entidade que representa a categoria, Washington Dourado, os deputados ouviram os depoimentos dos professores e prometeram investigar as denúncias.
Manifestação dos professores
Aproximadamente 300 professores fecharam o Eixão Sul, na altura da quadra 116, ontem. O ato foi marcado por um confronto entre os servidores e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que usou spray de pimenta, bombas de borracha e gás lacrimogêneo nos manifestantes. As pistas do Eixão chegaram a ser fechadas com os próprios carros dos docentes, mas liberadas após ação dos policiais. Em solidariedade aos professores, os rodoviários também protestaram na Rodoviária do Plano Piloto e chegaram fechar os acessos do local no fim da tarde.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Júlio Barros, a manifestação era uma tentativa de denunciar à sociedade o descaso do governador Rollemberg com a educação e fazer com que ele apresentasse uma proposta respeitosa para ser apresentada em assembleia.
Colaborou Isa Stacciarini e Bernardo Bittar