No arriar das malas do governo Rollemberg, o socialista teve de lidar com um problema de grandes proporções. Ainda mergulhado na crise financeira, amanheceu um dia com a notícia de protestos simultâneos em várias rodovias. Era uma reação contra a retirada, com 2,5 mil policiais, de famílias acampadas em uma área próxima a Samambaia. Diante da demonstração de força, o governo teve de recuar.
[SAIBAMAIS]Por trás da ocupação e dos protestos, está um nome com extensa ficha corrida no movimento social e na Justiça. Fundador e um dos líderes de maior expressão do MST, José Rainha Júnior, fez história no Pontal do Paranapanema, em São Paulo, onde hoje estão assentadas milhares de famílias.
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Dissidente do MST, ele criou a Frente Nacional de Luta, que congrega uma massa de trabalhadores sem-teto e sem-terra. Em 2013, chegou ao Entorno e começou a montar a base. Desde então, Brasília virou um objetivo a ser conquistado. ;Vamos longe e vamos organizar muita gente, pois aqui tem muita terra, tanto para habitação como para reforma agrária.;
Analfabeto até os 17, o capixaba de 55 anos afirma que enfrentará, sem medo, os grileiros de Brasília e também o Estado ; que, segundo ele, é conivente. Quando não está viajando ou na casa onde mora sua família, em Teodoro Sampaio (SP), passa o tempo no acampamento próximo ao Recanto das Emas, onde há cerca de 250 famílias.
Não sabe até quando terá salvo-conduto para andar livremente. Amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal, recorre de uma sentença que o condenou a 31 anos e cinco meses de cadeia por extorsão, formação de quadrilha e estelionato. Segundo a acusação, ele teria feito trabalhadores de massa de manobra para invadir terras e extorquir proprietários de terras.
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