Cerca de 50 mulheres fecharam, neste momento, parte da via N1 do Eixo Monumental, em frente ao Palácio do Buriti, para protestar contra a greve dos agentes de atividades penitenciárias do Distrito Federal. Com a paralisação da categoria, elas não conseguem mais visitar os parentes e maridos na Papuda, que também ficam impedidos de ter acesso de advogados, oficiais de justiça e escoltas judicias.
Para a presidente da Associação de Familiares e Amigos dos Apenados do Distrito Federal (Assfaa-DF), Nina Barros, a situação prejudica muito os familiares dos presos. ;Estamos preocupados com a forma com que os nossos parentes estão sendo tratados dentro do presídio, durante a greve. Sabemos que a luta dos agentes é justa, mas, nós familiares, não podemos ser penalizados;, diz. ;Queremos pedir para que as autoridades políticas olhem com carinho para aquelas pessoas que pagam pelos erros cometidos. Que as famílias não sejam maltratadas sem o direito de visita;, completa.
Agentes de atividades penitenciárias do Distrito Federal fizeram assembleia na manhã desta terça-feira (13/10) e decidiram começar uma nova greve. Durante o movimento os servidores mantêm a segurança das unidades, a distribuição de alimentos e o banho de sol.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen), Leandro Allan Vieira, a categoria exige o cumprimento da lei que concedeu o aumento salarial aos servidores do GDF e a criação de mais 2 mil vagas ao cargo de agente de atividades penitenciárias. ;Existem, hoje, aproximadamente 15 mil presos em todo sistema do DF e existe um estudo que em até 2020 haverá 24 mil detentos. Somos 1,2 mil agentes;, lamentou.
Allan alegou que após ser notificado da decisão judicial que definiu a greve como ilegal, a entidade suspendeu o movimento ainda na sexta-feira (9/12), mas durante a reunião da manhã desta terça-feira (13/10) decidiram iniciar uma nova paralisação.