O Córrego Estiva, no qual Andressa Henrique da Paixão, 14 anos, se afogou, no Recanto das Emas, é conhecido por surpreender os frequentadores com enxurradas. A adolescente nadava com um grupo de amigos, na tarde de quarta-feira, quando a correnteza a carregou. Era comemoração do aniversário dela e não chovia no momento do incidente. No entanto, a precipitação caiu na cabeceira do curso d;água e elevou o nível dele. A garota e uma amiga acabaram arrastadas. O corpo de Andressa foi encontrado, na manhã de ontem, por amigos e familiares. A colega sobreviveu.
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[SAIBAMAIS]A jovem era estudiosa e carinhosa, segundo a mãe dela, a auxiliar de serviços gerais Juliana Henrique de Carvalho, 34 anos. Até o ano passado, ela morava na Cidade Ocidental (GO) com a avó. ;Ela gostava de estudar e nunca reprovou. Era uma menina alegre e não era muito de sair. Na igreja, gostava muito de cantar;, conta Juliana. Vaidosa, Andressa gostava de se maquiar. ;Era chapinha todo dia, batom, esmalte...;, afirma.
No dia do acidente, ela havia saído mais cedo do Centro de Ensino Fundamental 113, no Recanto das Emas, para nadar no Estiva. Cursava o 9; ano. ;Nunca soube de ela ir para o córrego, não. Pelo menos, não do que era de meu conhecimento;, lamenta a mãe. O irmão de Andressa, Júlio Henrique da Paixão Faria, 12, tentou salvá-la. ;Eu estava do lado dela e tinha falado para a gente voltar para casa. Ela me disse: ;Não estou me sentindo bem;, e eu insisti para que ela saísse. Então, uma amiga a puxou de volta para o córrego. Foi quando veio a água;, relatou. O garoto tentou segurá-la, mas não conseguiu. ;Ela ainda se agarrou a um pedaço de madeira, mas desceu;, disse. A amiga que estava na água se segurou nas pedras e se salvou.
Antes mesmo de o Corpo de Bombeiros retomar as buscas pela garota, ontem pela manhã, um grupo de amigos e familiares percorreu a área. Foram cerca de 10km de caminhada até que o corpo da garota fosse encontrado, preso a uma árvore. ;A gente saiu por volta das 5h e, menos de duas horas depois, encontramos a Andressa. Então, avisamos aos bombeiros;, explica o tio dela, Vitor de Carvalho, 34.
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