Uma das mais importantes escolas de música da América Latina tem engavetados dois projetos arquitetônicos de reforma que poderiam mudar o rumo da instituição. Os estudos, finalizados em 2009 e 2014, preveem uma restruturação total, mas nunca saíram do campo da discussão. Enquanto isso, a Escola de Música de Brasília atravessa um período de tribulação com estrutura física comprometida, falta de instrumentos e de isolamento acústico adequado.
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O projeto mais recente, finalizado no início de 2014, planeja a construção da escola em estrutura metálica, com mais salas de aula e revestimento acústico apropriado. Procurado por professores da instituição, o então aluno da EMB e arquiteto Christiano Veloso Porto criou a planta com base na defasagem do número de salas e na intenção de integrar uma maior área de convivência. ;Fiz o projeto, cheguei a mostrar para a diretoria, mas não houve interesse em dar prosseguimento. Não sei se tem a ver com o problema interno deles ou simplesmente pela falta de recurso.;
Segundo Porto, a ideia foi planejar uma escola moderna. ;Pensei em uma melhor integração da área próxima à escola com a parte arborizada. Algo que ofereça uma maior conexão. Por isso, revi uma área de deck, onde daria para as pessoas verem o Lago Paranoá por cima das embaixadas.;
Em 2009, um projeto do arquiteto Pedro Grilo detalhou que a área do terreno da Escola de Música é de 41.176m;, mas apenas 7.186m; são ocupados, ou seja, 17,46% do lote. A porcentagem corresponde a menos da metade da taxa de 40% permitida legalmente pela Norma de Gabarito de Brasília (NGB) do local. Além disso, segundo o estudo, a norma permite a verticalização em até três pavimentos e a pavimentação de 70% do terreno.
Grilo fez o planejamento da nova escola como trabalho de conclusão de curso. A ideia surgiu a partir de uma provocação do então diretor, maestro Carlos Galvão, que morreu antes de ver o projeto finalizado. Segundo ele, a ideia do ex-gestor era avançar no ensino e, assim, montar a faculdade de música. ;A escola já tinha ganhado gratuitamente do arquiteto João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé, um projeto de reformulação, mas seria em Taguatinga. A ideia do Carlos Galvão era aproveitar o próprio terreno da escola e reformá-la por inteiro. Por isso, o estudo contempla a expansão e a modificação do espaço existente como um todo.;
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