Os centros de saúde, clínicas da família e Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) estão com atendimentos suspensos nesta manhã de quarta-feira (7/10) em todo Distrito Federal. Os técnicos de enfermagem, vinculados ao Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), mobilizaram, até o momento, 50% da categoria, segundo a entidade.
Os ambulatórios nos hospitais não funcionam. As marcações de consultas e cirurgias também estão suspensas nas unidades hospitalares. A expectativa do Sindate-DF é que até o meio-dia 80% da categoria tenha aderido ao movimento. Em nota, a Secretaria de Saúde do DF afirmou que os 30% de servidores vão trabalhar, como é previsto em lei.
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A reportagem do Correio percorreu várias emergências de hospitais no início desta quarta e flagrou vários pacientes indo para casa sem atendimento médico. As pessoas que tentavam receber medicações tiveram problemas, pois faltava profissionais para administrar as dosagens. Entre as unidades estão Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
A técnica de enfermagem Márcia Alves, que atende no pronto socorro do HRS, aderiu ao movimento. ;Estamos lutando por um direito adquirido em 2013. O governo quer jogar a população contra os profissionais alegando que para dar o benefício precisa aumentar impostos, mas isso é mentira. O servidor público deve ser valorizado assim como saúde pública.
Reunião realizada entre representantes do Movimento Sindical em Defesa do Serviço Público do Distrito Federal e integrantes do Executivo durou 20 minutos, sem acordo. Uma assembleia está marcada para 16h de hoje no Sindicato dos Médicos do DF para definir os rumos do movimento.
A mobilização de 32 categorias no DF, em frente à Praça do Buriti, nesta quinta-feira (8/10) está mantida. Na ocasião, vários profissionais ameaçam cruzar os braços em protesto ao não pagamento de benefícios concedidos no governo passado.
Vários serviços serão afetados, como patrulhamento de trânsito, serviço de limpeza urbana, serviços funerários para pessoas de baixa renda, atendimentos do Na Hora e de administrações regionais. Entre os profissionais que anunciaram parar estão: médicos, professores, servidores administrativos e agentes de trânsito.