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Tempo quente e seco permanece no DF ao menos até o fim do mês

Enquanto as chuvas não chegam, o brasiliense deve redobrar os cuidados com a saúde, principalmente com crianças e idosos

O calor e a secura continuam a modificar a rotina de muitos brasilienses. Garrafinhas de água, protetor solar, chapéus e muita disposição são necessários para superar o efeito das elevadas temperaturas e da baixa umidade relativa do ar. No último domingo, o Distrito Federal registrou o índice de 14%, a menor do ano. Na tarde de ontem, por volta das 15h, os termômetros de rua marcaram 40;C e assustaram muita gente. Mas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima não passou de 33;C ; a umidade ficou em 15%. Para o decorrer da semana, não há previsão de chuvas. No início da noite de ontem, a Defesa Civil declarou estado de emergência para a capital federal.

No período da seca, complicações respiratórias, dermatites e a sensação de fraqueza são comuns. Apesar das dificuldades, como explica a meteorologista do Inmet Maria das Dores de Azevedo, não há previsão de chuvas para a semana. ;Teremos o céu claro, parcialmente nublado e com névoa seca. Isso se dá devido a uma massa de ar seco que se instala na região central do país e impede a chegada das chuvas;, explica. A especialista acrescenta que a temperatura máxima deve chegar aos 34;C e a mínima não deve passar dos 15;C nesta terça-feira (22/9), quando a umidade varia entre 50% e 15%. No decorrer da semana, a previsão é que a umidade do ar oscile entre 50% e 15%.

Mesmo com a sensação de calor mais intenso do que nos anos anteriores, os meteorologistas afirmam que o fenômeno é comum nesta época. Com relação às precipitações das últimas semanas, o fenômeno se deu em razão de chuvas concentradas entre as cidades de Belo Horizonte e Rio de Janeiro. ;As chuvas isoladas se deveram a uma frente fria que estava na região Sudeste. Por conta da proximidade, o clima de lá interferiu em Brasília;, pontua Maria das Dores.



Para atenuar os efeitos das elevadas temperaturas, Katherine Elisabeth, 18 anos, costuma levar a filha Milena Rosa, 2, para passear no Parque da Cidade. Natural da Bahia, a moradora do Riacho Fundo 1 acredita que o calor deste ano está mais intenso. ;Mesmo quando estou em casa, sinto que o vento que entra pela janela queima. Ao ar livre, o clima fica fresco, principalmente debaixo das árvores;, conta. A mãe lembra que a pequena Milena tem sofrido com o nariz entupido e com os lábios rachados. ;Ela sente o efeito de tanta secura; por isso, a nossa meta é encontrar uma árvore para descansar e tomar uma ducha bem gelada;, diz Katherine, que ontem esteve acompanhada da amiga Lorrane Resende.

Atividades


Acostumado com atividades desenvolvidas em situações extremas, o educador físico Leandro Oliveira, 32, tem tido facilidade para enfrentar a estiagem. Habituado a tomar bastante água e a se alimentar de maneira leve e balanceada, ele não encontra dificuldades no clima seco para se exercitar. ;Gosto de realizar atividades ao ar livre porque são menos cansativas. Debaixo de sol, a gente consegue uma desidratação, que, em alguns casos, pode ser favorável para a perda de peso e para o aumento da resistência;, avalia.

Enquanto o período de chuvas não se aproxima, a paisagem brasiliense continua ressecada. Árvores e gramas secas ajudam a compor o típico cenário da estiagem na Região Centro-Oeste. O fato é que, quente e seco, o inverno brasiliense mostrou-se mais complicado em anos anteriores. A despeito da impressão de novos recordes na temperatura e na umidade, dados do Inmet revelam que a seca deste ano tem sido regular. A mais baixa umidade registrada na capital foi de 10%. O registro foi realizado em três diferentes anos: 2002, 2004 e 2011. Quanto ao recorde de temperatura na capital, a marcação foi registrada em 2008, quando os termômetros oficiais contaram 35,8;C. Neste ano, a maior temperatura, registrada em 5 de setembro, foi de 34,2;C.

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