Desde o começo do ano, governistas afirmam que, além de terem herdado um rombo R$ 3 bilhões nas contas, a situação é grave porque os aumentos concedidos ao funcionalismo ; negociados pelo governo anterior ; são insustentáveis. A previsão é que os acréscimos salariais tenham impacto de R$ 850 milhões este ano e R$ 2 bilhões em 2016. Para dar conta da pesada folha salarial e ter recursos para fazer uma boa gestão, o governo já aumentou impostos no primeiro semestre. As alíquotas do IPVA, ITBI e do ICMS para alguns produtos foram elevadas. Agora, está na Câmara Legislativa projeto de lei do Executivo para mexer na Contribuição de Iluminação Pública. Além dessa, o governo deve mandar para a Casa mudanças no IPTU e na Taxa de Limpeza Pública (TLP).
Na busca pelo dinheiro, Rodrigo Rollemberg adiantou o rito de cobrança, que são os impostos não pagos por empresas. Geralmente, o governo exige o pagamento de tributos que não foram notados nos livros contábeis no ano seguinte. Este ano, porém, o Executivo local resolveu antecipar e vai cobrar dívidas acumuladas de janeiro a julho de 2015 ; com isso, espera arrecadar R$ 160 milhões.
Cortes
Outra medida que o socialista deve anunciar semana que vem é a redução da estrutura do governo. Atualmente, são 25 secretarias ; o governo começou com 24, mas a Comunicação foi desmembrada da Casa Civil e tornou-se uma pasta. Nos bastidores, fala-se numa diminuição no número de pastas para 20, 16 ou 11. Áreas menos expressivas devem ser fundidas. Fala-se em juntar, por exemplo, os setores de Esporte, Turismo e Cultura. Mulheres, Criança, Idoso e Direitos Humanos podem ir para uma supersecretaria de Justiça. Ciência e Tecnologia pode ser rebaixada e ir para o segundo escalão da Educação ou do Desenvolvimento Econômico.
O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, prefere não antecipar como serão as mudanças no GDF. Ele, porém, garante que haverá um corte de 20% na quantidade de cargos comissionados e aumento de impostos. ;Não estão definidas quais serão as medidas. Muito será especulado. O governo entende que é um remédio amargo, não deseja fazer, ainda mais em momento de crise. Mas, se for necessário, teremos que agir, apesar de não estar nada fechado;, argumenta. Nos bastidores, o governo cogita demitir até concursados.
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