<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/09/03/497061/20150902222041130953a.JPG" alt="Demolição de estruturas irregulares às margens do espelho d'água: entre críticas e elogios" /></p><p class="texto"><br />Os nomes podem confundir, mas a Associação Amigos do Lago Paranoá (Alapa) e o Movimento Amigos do Lago Paranoá têm visões bastante diferentes sobre a desobstrução da orla do espelho d;água. A primeira, formada por moradores da região, foi responsável pela ação que concedeu uma liminar contra a operação capitaneada pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis). Porém, a conquista judicial acabou derrubada, e o órgão do Governo do Distrito Federal obteve o aval para demolir cercas e lacrar imóveis que estivessem em áreas consideradas irregulares.<br /><br />Assim, na segunda-feira, 24 de agosto, equipes da Agefis, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e de outras instituições começaram a operação, que, durante uma semana, passou pelas QLs 10 e 12, entre o Parque da Asa Delta e a Península dos Ministros, no Lago Sul. Apesar da derrota, a Alapa segue representando os moradores, que se queixam da forma como as ações foram realizadas.<br />Para o presidente da associação, Marconi de Souza, o principal problema tem sido o embate com os visitantes. ;O governo tem criado intrigas entres as classes sociais. Eles (governo) tomaram as decisões sem consultar a comunidade local, mas pedem a opinião e incentivam a ocupação de uma área residencial pela população de outras regiões;, reclama Marconi (veja Ponto crítico).<br /><br />Outra queixa está na legalidade das ações. Segundo o presidente da Alapa, a medida de 30m estipulada para a orla não condiz com o código florestal vigente. ;O artigo 62 consta que, no caso de lagos artificiais, como o Lago Paranoá, a medida entre a margem e os lotes é de, aproximadamente, 5m;. A forma como as equipes trabalharam também é alvo de críticas. ;Não se pode passar tratores e derrubar árvores assim. Isso é um crime ambiental;, contesta.<br />A falta de segurança também é apontada como consequência da desobstrução da orla, como denuncia Marconi. ;Desde que as cercas foram derrubadas, foram várias as queixas e as ocorrências na região. Houve furtos, invasões. Um homem arrombou uma garagem na QL 16, colocou o carro lá e foi pescar, dizendo que o local era público;, conclui.<br /><strong><br />Potencial náutico</strong><br />Se as reclamações são a tônica de um lado, as previsões positivas são destacadas pelo Movimento Amigos do Lago Paranoá. Segundo Guilherme Scartezini, coordenador do grupo, o principal benefício está no âmbito ambiental. ;A desobstrução é um primeiro passo para recuperar as funções ambientais das Áreas de Proteção Permanente (APPs) em torno do lago. Esses locais formam um corredor ecológico, capaz de dar mobilidade à fauna e flora local;, explica.<br /><br />O também técnico ambiental acredita que, além da natureza, a população será beneficiada. ;As pessoas, provavelmente, serão impedidas de frequentar as localidades onde a movimentação de animais e plantas é mais intensa. Mas em lugares onde existem parques, a tendência é de que os espaços retomados se tornem extensões para uso público, com áreas de lazer e convívio. Respeitando, claro, a sustentabilidade do ambiente;, ressalta Scartezini.<br /><br />O grupo conta, ainda, com um projeto para melhor explorar o potencial de turismo náutico do reservatório. ;Seriam 16 praias públicas, interligadas por ciclovias e linhas de ônibus, para que as pessoas possam curtir o lago e praticar esportes, com terminais náuticos para passeios de barco. Assim, todos poderiam usufruir, sem colocar pressão sobre os recursos naturais em um único lugar;. O planejamento foi apresentado ao Ibram, e os integrantes esperam o apoio popular, por meio de uma petição no site do grupo.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/saude/2015/09/02/interna_saude,180984/risco-de-demencia-medido-pela-saliva.shtml">aqui,</a> para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a> </p>