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Interditada, Casa do Artesão em Planaltina pede socorro

Situação do edifício construído em 1932 reflete o descaso com o patrimônio

As clientes da esteticista Joviane Prado, 32 anos, chegam a duvidar quando ela diz que o prédio em frente à sua clínica é um local de grandes talentos. O aspecto desolador da Casa do Artesão, antiga Casa de Câmara e Cadeia, em Planaltina, reflete o descaso com o edifício histórico, construído em 1932 e que faz parte do setor tradicional da cidade, mesmo não sendo tombado. ;Aqui, temos grandes profissionais, que acabam não tendo o valor que merecem porque estão em um lugar nessa situação, caindo aos pedaços.;

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Interditado pela Defesa Civil desde início do ano, o imóvel precisa de revitalização urgente ; defendida pela Associação dos Artesãos e pela Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina. ;A Casa do Artesão está aqui há 32 anos. Nosso interesse é que haja a reconstrução, até porque muitos de nós estamos tendo dificuldades em trabalhar por conta disso;, garante a artesã Lira Antônia Gomes Nascimento. De acordo com a Defesa Civil, a interdição foi necessária devido aos problemas estruturais que o prédio apresenta ;- como as rachaduras na construção em adobe, que podem ser vistas até de fora.

Somente após a revitalização é que será feita uma nova análise: ela vai determinar se o imóvel pode voltar a ser aberto aos artesãos e ao público. Até lá, as portas seguem fechadas. Um relatório elaborado pela Associação de Amigos da cidade, que conta com a participação de engenheiros e arquitetos, atesta que a necessidade mais urgente é da renovação das estruturas de escoramento e do tratamento estrutural, o que justifica o risco de desabamento.

;A administração diz que vai tomar conta, voltar a cuidar do prédio e que ele é público. Mesmo que esteja fora dos limites do que chamamos de centro histórico, é um bem de interesse nacional;, afirma Simone dos Santos Macedo, dos amigos de Planaltina. De acordo com a administração regional da cidade, a reforma da Casa do Artesão já está prevista, porém ainda sem data definida. Simone assegura que foi procurada pela administração e questionada se a associação poderia elaborar um projeto de revitalização. ;Temos como fazer, por meio das nossas parcerias. Mas acho que isso é uma demanda que o Estado precisa cuidar. Afinal, projeto custa dinheiro e ninguém fará isso de graça.;

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