O Setor Comercial Sul e a a região da QE 40 do Guará 2 estão entre as localidades mais perigosas do Distrito Federal para donos de carros e pedestres. É o que mostra um recorte criminal realizado pela Secretaria de Segurança Pública e Paz Social. O estudo, obtido com exclusividade pelo Correio, identifica as áreas mais visadas para a prática de crimes, em especial no Plano Piloto, Guará e Cruzeiro.
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Com base nas ocorrências, a Secretaria de Segurança definiu ;manchas criminais; nessas localidades. Elas estabelecem os principais lugares nos quais os criminosos agem com frequência, bem como os delitos mais praticados, o que auxilia as medidas de segurança. ;Uma vez identificados os pontos mais críticos, é possível informar os comandos da polícia para que haja uma melhor divisão do efetivo policial pela cidade;, explica a secretária adjunta de Segurança, Isabel Figueiredo.
Segundo a pesquisa, a QE 40 do Guará 2 é a região que oferece maior risco entre as áreas estudadas. Foram 81 furtos em veículos, 35 carros roubados e 27 assaltos a pedestres nos primeiros sete meses do ano. No total, são 338 ocorrências apenas na quadra, o que representa 18% dos delitos com localidade identificada na região administrativa.
No Plano Piloto, o destaque negativo ficou com o Setor Comercial Sul. Na movimentada área, as ocorrências mostram 23 veículos arrombados e 18 levados por bandidos. Registraram-se, ainda, 37 ataques contra pedestres. Além disso, a região central é, como um todo, foco da criminalidade. Ao longo do Eixo Monumental, incluindo as proximidades da Rodoviária, da Torre de TV e da Esplanada dos Ministérios, houve 824 crimes registrados no período analisado.
Entre os motivos que chamam a atenção dos ladrões a essas áreas, estão a grande movimentação de pessoas. É o que afirma o porta-voz da Polícia Militar, capitão Michello Bueno. ;Os locais apontados contam com intensa circulação de pessoas e carros, o que atrai os criminosos, pois o número de alvos é maior e a identificação na multidão é prejudicada.;
Ainda segundo o capitão Bueno, as ações da polícia têm sido mais ostensivas, porém não são o suficiente para eliminar a criminalidade. ;Em comparação ao ano passado, tivemos um aumento no efetivo policial nesses locais. São grupos a pé, a cavalo e de moto. Porém, observamos um alto índice de reincidência. Muitos criminosos detidos voltam rapidamente às ruas. Há casos de bandidos nessas regiões com 30, 40 passagens pela polícia;, queixa-se o porta-voz. ;A impunidade é o nosso maior problema.;
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