Jornal Correio Braziliense

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Profissionais de diversas áreas entram na onda do coworking em Brasília

Na cidade, por exemplo, são mais de 10 espaços compartilhados, com cerca de 500 empresas formando um verdadeiro ecossistema de negócios

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O que você diria de um ambiente de trabalho em que o freezer tem cerveja à vontade, existe uma mesa de guloseimas no modelo self-service ; pega, paga e leva o troco sem ninguém vigiar ;, e que tem, em um mesmo ambiente, diversas empresas de segmentos diferentes (eventualmente, com clientes e fornecedores em comum)? Parece um modelo eficaz de fracasso. No entanto, cada dia mais cresce no Brasil e no mundo esse esquema de trabalho, o coworking. Nada mais é do que um jeito de freelancers e autônomos se relacionarem entre si, dentro de um mesmo escritório, com toda a estrutura necessária e os custos divididos e pagos em forma de mensalidade. Em Brasília, por exemplo, são mais de 10 espaços compartilhados, com cerca de 500 empresas formando um verdadeiro ecossistema de negócios.

Em 9 de agosto, o modelo foi celebrado ao redor do mundo. No Coworking Day, empresários e autônomos podem escolher um dos escritórios compartilhados e trabalhar o dia todo, com toda estrutura, para conhecer como funciona o esquema na prática. Tudo de graça. Várias empresas do DF abriram as portas para a experiência. Uma delas foi a 4Legal. Ela funciona há um ano e quatro meses em um ambiente dividido em 18 estações, que podem ser individuais ou coletivas (de até seis pessoas). A rotatividade por lá, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, é de aproximadamente 170 pessoas.

Os sócios-proprietários vieram de São Paulo para arriscar a ideia na capital da República. A resposta ultrapassou todas as expectativas. Hoje, está com praticamente 100% das estações ocupadas e, nos últimos seis meses, movimentou R$ 10 milhões, R$ 2 milhões a mais do que todo o ano passado. ;Boas startups saíam de Brasília para crescer. Aqui tem know-how. Por que não se criar e crescer aqui? E o ecossistema de coworking facilita. Você trabalha de forma cooperativa, com várias empresas, de vários setores, que ajudam na sua ideia, que fazem um comercial de graça, e sem aqueles custos iniciais para arcar sozinho, em um momento ainda de instabilidade;, defende Juliana Guimarães, 31 anos, sócia da 4Legal.

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