O clima é tranquilo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde manifestantes se concentram para os protestos desta manhã que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e investigações e punição dos crimes de corrupção no governo federal descobertos pela operação Lava Jato. A expectativa dos organizadores é de que 25 mil manifestantes participem dos protestos na capital federal. A Polícia Militar colocou 2 mil homens na Esplanada dos Ministérios para acompanhar os protestos. Eles foram aplaudidos pelos manifestantes quando chegaram ao local.
Apesar da participação popular ser menor do que nas duas manifestações anteriores na concentração em frente ao Museu Nacional da República, vários grupos estão espalhados na Esplanada aguardando a caminhada até o Congresso Nacional.
O aposentado Paulo Alves, de 82 anos, é um dos manifestantes. Ele defende a saída da presidente Dilma Rousseff por meio de impeachment, mas critica o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Infelizmente, o presidente Eduardo Cunha deve seguir no cargo para conduzir o processo de impeachment de Dilma", afirma. Como o processo de impeachment seria político, o aposentado diz que não haveria a necessidade de novas eleições, com a Presidência da República sendo assumida pelo vice-presidente Michel Temer.