Jornal Correio Braziliense

Cidades

Militante dos EUA critica falta de investimento em acessibilidade no Brasil

Judith Heumann dialoga com senadores, visita a Rede Sarah e chama atenção pelos direitos dos deficientes físicos

A falta de investimentos em acessibilidade prejudica a economia brasileira. Quem afirma é a militante internacional dos direitos de deficientes físicos Judith Heumann. Em visita ao Distrito Federal justamente no momento em que a população e organizações não governamentais brasilienses pedem ao GDF mais calçadas e ciclovias para se locomoverem, a norte-americana destacou que os obstáculos diários enfrentados por pessoas com dificuldades de locomoção nas ruas se apresentam como fatores excludentes. ;Isso dificulta o acesso à educação e, consequentemente, a bons empregos, o que aumentaria a arrecadação de impostos;, afirmou. Judith esteve três vezes no país e, em duas delas, passou por Brasília para conversar com parlamentares no Congresso Nacional. Desta vez, visitou as instalações do Hospital Sarah Kubitschek, no Lago Norte.

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Ao Correio, ela defendeu que a sociedade precisa de ;leis mais fortes, acesso à educação e estímulo para garantir a acessibilidade;. Ela definiu o diálogo que teve com senadores sobre o assunto como ;muito produtivo; e elogiou Brasília e o Brasil. Para a ativista, o ponto mais importante da visita é o compartilhamento de informações ;tanto com políticos quanto com a sociedade civil;. ;Espero um progresso na área da acessibilidade. Os Estados Unidos têm 30 anos a mais de investimento nessa área que o Brasil. Temos um conhecimento adicional para compartilhar. O brasileiro é um povo criativo e dinâmico, e as pessoas têm muita energia. O governo brasileiro e o dos Estados Unidos já fizeram muita coisa, mas podem fazer mais. Temos de remover muitas barreiras;, completou.

Tratamento inclusivo

As instalações do Hospital Sarah Kubitschek impressionaram a militante. Uma das coisas que mais chamaram a atenção dela foi a presença de parentes dos pacientes no tratamento de reabilitação, além de um trajeto elaborado para que enfrentem dificuldades semelhantes às da rua. ;É um hospital colorido e inclusivo. Trazer as famílias é muito importante. Os familiares estão completamente envolvidos na reabilitação. Vi, aqui, um programa que orienta as pessoas a voltar para a comunidade e continuar as suas vidas;, disse.

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