Quando um morador de rua é queimado; uma criança, maltratada; pessoas mais velhas, desrespeitadas; e homossexuais, agredidos, infringem-se normas jurídicas antigas, as dos direitos humanos. No Distrito Federal (DF), os grupos que mais sofrem com essas violações ainda são os das crianças e dos adolescentes, e os dos idosos. Somam a maioria das denúncias registradas pelo Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). Apenas no primeiro semestre deste ano, foram 1.497 ligações feitas para denunciar algum tipo de violência contra eles. De acordo com o balanço total da SDH envolvendo esses grupos, o DF somou, em 2015, 1.537 registros.
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O número, porém, é menor do que o dos primeiros seis meses de 2014, quando o Disque 100 recebeu 1.797 ligações para esse recorte. O número também não representa um salto em relação aos anos anteriores (Veja tabela), no entanto, revelam a relação do brasiliense com os direitos humanos. Enquanto centenas e milhares de pessoas ainda violam a dignidade das pessoas, outras centenas e milhares não deixam passar em branco. Denunciam. E as ligações colocaram o DF como a 5; unidade da Federação com o maior número de denúncias de violências contra as pessoas em situação de rua, por exemplo (veja quadro).
Segundo a ouvidora nacional da SDH, Irina Bacci, mais do que observar para os números, é preciso olhar para cada caso que ocorre. Poucos ou muitos, todos merecem atenção. ;A relação do brasiliense com o serviço de denúncia é próxima e boa. Estar com uma evolução ou queda mediana dos números é um bom sinal, porque reforça o fato de a população usar bem o canal de pedido de socorro;, explicou Irina. Hoje, o principal meio ainda é por telefone, pelo Disque 100, serviço gratuito, entretanto, a secretaria se prepara para lançar um site oficial, que também receberá as denúncias.
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