A Câmara Legislativa está de férias, e as dependências da Casa, mesmo em dia útil, vivem vazias. Nos bastidores, contudo, a movimentação é intensa. A possível indicação do Legislativo para uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do DF (TCDF) ouriçou parlamentares, de olho no salário vitalício de R$ 30.471,11, além de os benefícios. Para os colegas, Wasny de Roure (PT) e Dr. Michel (PP) não escondem a vontade de assumir a cadeira no órgão ; o deputado do PP desponta como favorito.
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Não pode ser descartado, no entanto, o surgimento de outra candidatura. Apesar de negar que está no páreo, Joe Valle (PDT) também é cotado. A escolha para o assento na Corte interessa diretamente ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB), e a saída de Valle abriria vaga para um suplente do PSB na Câmara. Os outros dois candidatos, porém, foram eleitos pela mesma coligação e também abririam espaço para um possível aliado do PSB. Ambos têm como suplente o petista Cláudio Abrantes, que deve se filiar à Rede assim que a sigla aliada do governo for criada.
Integrantes do governo dizem, contudo, que o socialista não estaria disposto a contrariar a maioria dos parlamentares. Assim, dificilmente, Wasny venceria a disputa. Isso porque, em princípio, Michel conta com o apoio de grande parte dos distritais. O cálculo dele é que, sem a interferência do Executivo e com o apoio da presidente da Casa, Celina Leão (PDT), a adesão da maioria seria certa ; a chefe do Legislativo local articula o apoio dos deputados evangélicos e de alguns independentes e tem dito que não deixará o PT vencer.
O PMDB está rachado no assunto. Dos três representantes da sigla, Rafael Prudente e Robério Negreiros preferem Michel. Pessoalmente, Wellington Luiz é mais próximo do distrital do PP, mas por influência do ex-vice-governador e presidente da legenda, Tadeu Filippelli, afirma aos mais próximos que vai de Wasny. O petista conta com apoio dos três colegas de legenda e de dois pedetistas, Reginaldo Veras e Joe Valle ; se o último estiver fora do jogo. Dos demais, a maioria tende a ir de Michel. Mas mudaria de posição diante um pedido de Rollemberg, o que não parece ser provável.
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