Cidades

Justiça concede a menina de 7 anos direito de receber canabidiol em casa

Gabriela Weschenfelder Ferreira, 7 anos, é a segunda no DF a conseguir tal direito. O canabidiol (CBD) é uma substância derivada da maconha

postado em 22/07/2015 20:12
Depois da angústia, uma liminar da 5; Vara da Fazenda Pública do DF trouxe alívio para a família da pequena Gabriela Weschenfelder Ferreira, 7 anos. Ela é a segunda criança no Distrito Federal a conseguir na Justiça o direito de receber em casa o canabidiol (CBD), substância derivada da maconha. A decisão foi expedida em 9 de julho, mas o processo corre em segredo de Justiça e ainda cabe recurso.
O CBD ajuda a controlar as crises convulsivas que Gabriela tem por conta de uma doença rara. Somada à enfermidade, ela tem má formações encefálica e da coluna vertebral e problemas visual e motor. Desde agosto do ano passado, a menina faz uso da substância. Segundo a mãe, Leila Wefchenfelder, 42 anos, as crises epilépticas da filha passaram de uma média de 20 convulsões por dia para uma ou nenhuma.
A família entrou com o pedido na Defensoria Pública do DF em 29 de maio. Até o momento, os pais de Gabriela gastavam cerca de R$ 1,8 mil por mês para importar o CBD. ;Ainda não estou acreditando. A teoria está aqui em minhas mãos, mas, na prática, ainda não sei como será. Mas, vai mudar muito, porque, com essa crise econômica, gastar esse valor todo o mês complicava. Agora, vamos poder gastar com outros tratamentos, como uma hidroterapia, que o convênio não cobre;, comemora Leila.
Em maio, uma decisão em caráter de urgência tomada pelo juiz da 1; Vara da Fazenda Pública do DF determinou, pela primeira vez no DF, que a Secretaria de Saúde fornecesse o canabidiol para uma paciente. A família de Sabrina Azevedo Filgueira, 8 anos, revelou que ela foi a beneficiada, embora a informação não tenha sido confirmada oficialmente. O pai da menina, Fábio Filgueira Vergulho de Sousa, 35, entrou com o processo na Justiça em 4 de abril solicitando que a filha, que sofre com crises epilépticas, recebesse gratuitamente a substância.
Sabrina nasceu com uma má-formação do cérebro, que atrasa o desenvolvimento, dificulta a coordenação motora e provoca crises convulsivas de difícil controle. Apesar do documento, Sabrina ainda não recebeu a substância. Procurada pela reportagem do Correio, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do DF informou que a pessoa responsável pela área de Jurisdição, que poderia dar informações sobre os casos, estava em reunião.

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