Um desenho em preto e branco e a frase: salve com amor. Esse é um dos convites que podem chegar até você. Da mesma forma que os traços ali esperam um lápis de colorir para ganhar forma, a vida de alguém aguarda um colorido: o transplante de medula óssea. Foi pensando que o ato de colorir pode ser transformado em um ato de amor que a servidora pública Fabiana Ikeda, 37 anos, criou o projeto Você pode salvar.
No site da iniciativa (www.vocepodesalvar.com) é possível imprimir um convite, colorir e entregar a quem se gosta. A ideia é que o gesto provoque a pessoa a se cadastrar no banco de doadores de medula. Também serve para os pacientes agarrados na esperança de encontrar alguém compatível.
[SAIBAMAIS]A campanha surgiu depois que Fabiana passou pelo transplante de medula óssea. Ela foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda (LLA), câncer que atinge as células-tronco, em setembro do ano passado. Desde então, ela iniciou uma luta, com o apoio de amigos, para superar a doença, principalmente porque existiam poucos cadastros de descendentes da servidora pública no país. Passados sete meses e depois de uma longa mobilização que resultou em mais de 2 mil novos cadastros no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), Fabiana viu a esperança de recuperação ressurgir no primogênito. Gabriel, 15 anos, e a mãe eram compatíveis. Em março, ele e Fabiana foram submetidos à cirurgia. Emocionado, o garoto define a experiência: ;É uma felicidade tremenda. Uma experiência única de vida. Salvar alguém é muito forte, ainda mais se tratando da própria mãe; (leia Depoimento).
Leia mais notícias em Cidades
Mesmo após a vitória, a servidora não deixou de pensar no próximo. ;Sei das dificuldades de encontrar doadores;, comentou Fabiana. Com a simples atitude de um convite para se cadastrar no Redome, crianças e pacientes como Lucas Alexandre, 5, podem ser curados. Há cerca de dois meses, o garoto entrou na fila do transplante. A criança aderiu à campanha e também coloriu o convite. ;O cadastro e a doação são extremamente importantes. Quem é pai e mãe fica ansioso com a possibilidade de encontrar um doador compatível. Outro fato é que só devem cadastrar aquelas pessoas que têm certeza de que na hora em que for necessário vão doar mesmo. É frustrante para as famílias quando alguém desiste;, comentou a professora Fabiola Gomes, 37, mãe de Lucas.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.