Jornal Correio Braziliense

Cidades

GDF anuncia permissões para táxis, mas não fala sobre a liberação do Uber

Serão criadas 700 autorizações imediatas para táxis e mais 400 escalonadas de acordo com cronograma a ser definido. Desde 1979, a quantidade de permissões permanece a mesma: 3,4 mil.

A Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal anunciou a abertura do processo seletivo para 1,1 mil novas autorizações para taxistas, sendo 700 vagas para início imediato. De acordo com o chefe da pasta, Carlos Tomé, com as permissões adicionais, o DF alcança o mínimo necessário para atender a população da capital. O anúncio ocorreu na manhã desta quarta-feira (15/7) em reunião promovida pela pasta com taxistas, no Cine Brasília, na Asa Sul. A questão do aplicativo Uber, que tem criado polêmica e até agressões por parte dos taxistas, foi deixada de lado no encontro.


Tomé comentou as agressões contra um motorista da área de turismo, que havia ido para Aerorpoto Internacional de Brasília para buscar o cantor sertanejo Sérgio Reis e foi agredido ao ser confundido com um integrante do Uber por taxistas. "Não dá para colocar todo mundo no mesmo saco. Por isso, no novo plano, o turismo receptivo e o transporte executivo terão selo de identificação", afirmou.

Leia mais notícias em Cidades

Na ocasião, o secretário apresentou um plano de melhorias do setor em todo o DF. Desde o início do ano, a pasta montou um grupo de estudos para detalhar as medidas e atender as demandas da categoria. Entre as ações anunciadas, a mais comemorada foi a abertura do processo seletivo para autorização de novos taxistas. Desde 1979, a quantidade de permissões permanece a mesma: 3,4 mil.

Está previsto ainda o recadastramento dos que têm autorização e dos motoristas auxiliares. O resultado de uma fiscalização feita, de maio a junho, por auditores e fiscais da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle, da Secretaria de Mobilidade, registrou, na ocasião, os seguintes dados: 98,5% da categoria não tinha a Carteira Nacional de Habilitação cadastrada; 98,3% estavam com a certidão criminal desatualizada; e 97,5% não incluíram comprovante de residência na documentação.