Jornal Correio Braziliense

Cidades

Escolas do DF lutam contra a violência e crimes frequentes

Para solucionar o problema, direção pretende dar voz aos alunos e abrir as portas à comunidade



Além da situação de insegurança, os alunos do CEF 33 sofrem preconceito. São chamados de ;peba;, gíria que indica criminosos ou à toa. Guilherme Pereira de Sousa Moura, 15 anos, sofreu um assalto quando voltava para casa. ;Quando conto onde estudo, dizem que aqui só tem bandido. Mas essa é uma das melhores escolas de Ceilândia;, afirma. Maria Eduarda reforça a crítica: ;Temos muita coisa boa e nenhuma escola é perfeita;.

Para mudar essa visão pejorativa da escola, a direção passou a adotar medidas que incluem dar voz aos estudantes. Além disso, o coordenador regional, Marcos Antônio, afirma que a uma das principais atitudes a ser tomada para reduzir a violência ao redor dos colégios é abrir as portas. ;Foi o que fizemos no CEF 33. Há uma impressão errada de que, fechando com grades, muros altos e colocando policiais na porta você está trazendo segurança. Isso é algo que pode ser feito rapidamente;, comenta Marcos Antônio sobre as medidas tomadas de maneira mais urgente. ;Para consolidar as mudanças, é preciso mantê-las por bastante tempo;, completa. A intenção é manter as escolas abertas nos fins de semana para que alunos possam usar as quadras de esporte, por exemplo.

Segundo Marcos Antônio, tanto estudantes quanto pais têm acreditado em uma mudança de comportamento, ajudada pela transferência de jovens que estavam envolvidos com o tráfico, além do estímulo à participação do corpo discente nas decisões. ;Hoje, o ambiente é outro porque estamos ouvindo os alunos;, avalia.

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