Cidades

Morte de Cristiano Araújo abalou fãs brasilienses

Em 15 de julho, o cantor se apresentaria na cidade

postado em 25/06/2015 08:03
Integrantes do Fã Clube Me Apego, de São Sebastião, se encontraram ontem para reviver memórias do artista

;Parece que perdemos uma pessoa da família;, emocionou-se Eva Batista da Silva, 37 anos. A frase resume a comoção que tomou conta dos fãs de Cristiano Araújo em Brasília. A próxima apresentação do artista no DF seria em 15 de julho, no Festival Villa Mix. Na mesma data, ele receberia cerca de 200 fãs no projeto Encontro Marcado, da Rádio Clube FM. O perfil do cantor em uma rede social conta com mais de 6,5 milhões de seguidores, que deixaram inúmeros comentários sobre o óbito.

;Eu nunca vou esquecer dele. Para sempre vou guardar na memória os momentos de alegria que as músicas me deram. Aquele carinho, o sorriso carismático e o abraço verdadeiro ficarão comigo;, disse Eva, que integra um fã clube de São Sebastião. Na casa da estudante de administração, é possível notar o amor pelo ídolo. São cartazes, CDs, DVDs e muitas fotos do cantor. A admiração começou em 2010, quando o irmão da fã morreu assassinado em Planaltina. ;Estava muito triste, e as músicas dele me davam ânimo, vontade de viver e correr atrás dos meus sonhos;, contou a moça, que esteve com Cristiano duas vezes.

Na tarde de ontem, os integrantes do Fã Clube Me Apego, mesmo nome de uma canção do artista, se reuniram, em São Sebastião, para compartilhar o sentimento de perda. Nem todos tinham assimilado o ocorrido. ;Parece um pesadelo e eu ainda vou acordar e estará tudo bem. Não sei como vai ser daqui para frente;, lamentou a estudante Roberta Plácido, 34, moradora da Asa Norte.

Para o grupo de amigas, a presença do cantor era rotina. As músicas tocavam em fones de ouvido, enquanto seguiam para o trabalho ou para a escola, no rádio de casa, no carro e em festas. ;Às vezes, eu ficava cantando na cozinha enquanto fazia o almoço e o meu filho ficava rindo;, recordou a professora Dilza Scarta, 48. Ela guardará com carinho as lembranças do dia em que viu pela primeira vez o artista em um show. ;Já gostava dele, mas, quando o vi bem de perto, fiquei hipnotizada. As outras pessoas cantavam, dançavam e gritavam, e eu não conseguia me mexer.;

Ternura
São vários os sucessos de Cristiano Araújo que tocam em rádios da capital. Nos últimos meses, pelo menos três músicas eram executadas diariamente. A auxiliar de serviços gerais Maristele da Silva, 45, teve a oportunidade de conhecer o cantor. Segundo ela, o diferencial do rapaz era o jeito simples, além da ternura. ;Sempre que eu escutá-lo, vou ter aquela lembrança boa. Quando recebia a gente no camarim e tirava fotos, era sempre muito carinhoso e simpático. Ele, realmente, tinha dedicação aos fãs;, disse a moradora de São Sebastião.

As canções se tornaram inesquecíveis para a servente de limpeza Vanessa Pereira, 29. A moradora de Ceilândia sabe várias letras de cor. ;São músicas que tocam a gente, que falam de situação que a gente passa na vida;, resumiu, em lágrimas. Anita Batista, 77, reforça a admiração pelo cantor. ;Mesmo eu sendo de outra geração, gosto do que ele cantava. Tem (música) que alegra a gente, que fala de amor e que faz a gente pensar na vida.;

A dupla sertaneja Juan Marcus e Vinícius toca há cinco anos em bares e eventos no DF. Além de músicas próprias, apresentam sucessos de artistas como Cristiano Araújo. ;É uma fonte de inspiração. A técnica, a voz e o estilo são incentivos para aperfeiçoarmos o nosso trabalho;, conta o sanfoneiro Vinícius. No próximo show deles, sexta-feira, estão previstas cinco canções de Cristiano. ;Era um planejamento de antes do acidente;, disse o vocalista Juan Marcus.

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