O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, com 607.700 presos, atrás apenas da Rússia (673.800), China (1,6 milhão) e Estados Unidos (2,2 milhões). Os dados são do Ministério da Justiça, referentes ao primeiro semestre de 2014. Comparados com a população, o Mato Grosso do Sul é o estado que apresenta a maior taxa de encarceramento (568,9/100 mil), seguido de São Paulo (497,4/100 mil) e do Distrito Federal (496,8/100 mil). Já os de menor taxa de encarceramento são Bahia (101,8/100 mil), Piauí (100,9/100 mil) e Maranhão (89/100 mil).
Desde 2000, a população prisional no país cresceu, em média, 7% ao ano, totalizando um crescimento de 161%, valor dez vezes maior que o crescimento do total da população brasileira, que apresentou aumento de apenas 16% no período, em uma média de 1,1% ao ano.
Se comparada ao número total da população, a taxa prisional do país também é a quarta maior, com 300 presos para cada 100 mil habitantes, seguidos da Tailândia (457), Rússia (468) e EUA (698). Segundo o relatório, cerca de 3 milhões de pessoas no mundo estão presas provisoriamente e, em mais da metade dos países, observa-se que há uma tendência crescente no uso dessa medida que, além de contribuir para a superlotação dos estabelecimentos prisionais e de elevar os custos do sistema, expõe um grande número de indivíduos às consequências do aprisionamento.
No Brasil, cerca de 41% das pessoas privadas de liberdade são presos sem condenação, ou seja, quatro a cada dez presos estão encarcerados sem terem sido julgados e condenados. Na Índia, no Paquistão e nas Filipinas, mais de 60% da população prisional encontra-se nessa condição. Em números absolutos, o Brasil tem a quarta maior população de presos provisórios, com 222.190 pessoas. Os Estados Unidos (480 mil) são o país com o maior número de presos sem condenação, seguidos da Índia (255 mil) e da China (250 mil).
De acordo com o relatório, ao todo são 375.892 vagas no sistema prisional brasileiro. As unidades prisionais brasileiras têm capacidades muito distintas ; a média é de 265 vagas por unidade, no entanto, a que possui maior capacidade chega a 2.696 vagas, em São Paulo.
Os estados com a maior população carcerária são: São Paulo (219.053), Minas Gerais (61.286) e Rio de Janeiro (31.510). Os estados com a menor população carcerária são Piauí (3.224), Amapá (2.654) e Roraima (1.610).