Jornal Correio Braziliense

Cidades

Polícia prende quadrilha especializada em roubos e furtos de carros no DF

Investigação aponta que criminosos roubavam veículos na capital para revendê-los em outros estados. Dois deles cumprem medidas de prisão em regime semi-aberto. Um cabo do Exército também é investigado



Crime durante o dia
Os presos do CPP, Josué Soares dos Santos, 40 anos, e Valdeir Montalvão da Silva, 32 anos, saíam para trabalhar durante o dia e retornavam ao CPP à noite. No tempo em que estavam fora articulavam furtos e receptação de veículos. No grupo também havia um ex-interno do CPP, Homero Eustáquio de Paiva, 53 anos, responsável por receptar e negociar os carros.

[SAIBAMAIS]Cláudio Barbosa dos Santos Junior, 27 anos, praticava assaltos a mão armada e repassava os carros para outros envolvidos no grupo, segundo a delegacia. Um dos homens que recebia os veículos e enviava a outras unidades da federação era Wendel de Carvalho Rocha, 25 anos. O esquema revela que ele também providenciava a adulteração dos carros. O principal receptador, Ricardo Guimarães Teixeira, 40 anos, negociava os valores de venda a pessoas interessadas. Ele tem residência em Lago Grande (MG) e Confresa (MT).

Alvo
O delegado-chefe da DRFV, Marco Aurélio de Souza, explicou que tanto carros populares, como Fiat Uno, quanto veículos de porte médio e automóveis de luxo, a exemplo do Honda Fit Sedan, Picape, Hilux e SW4, eram alvos dos criminosos. ;A última preferência do grupo estava sendo por picapes e caminhonetes, pois tem mais procura em cidades do interior. Eles faziam a entrega dos veículos em regiões rurais, onde existe uma carência grande de fiscalização. Os envolvidos realizavam uma razoável adulteração nos sinais identificadores dos veículos e nos documentos dos carros;, esclareceu.

Segundo o delegado, a intenção é reprimir inclusive os internos do CPP que já têm experiência no crime. ;Eles saem com intuito de ressocialização e oportunidade de trabalho, mas praticam crimes graves no horário em que deveriam estar trabalhando. Os três internos ficavam em uma mesma ala do CPP. Expandimos a investigação e verificamos vínculos com pessoas que praticavam assaltos e receptadores que já foram moradores de Brasília. Estamos em ações de combate a grupos organizados e, inclusive, vamos as outras regiões para dar essa resposta;, defendeu.