Os usuários do transporte público no DF não enfrentam um ano fácil. Um balanço do Correio e da TV Brasília mostra que a paralisação desta terça-feira (9/6) é a décima greve dos ônibus desde o começo de 2015. Entre as principais reivindicações estão o recebimento de atrasados e aumento de salários, segurança e o projeto de terceirização.
Na atual greve, a categoria pede aumento salarial de 20%, reajuste de 30% no ticket alimentação e na cesta básica, além de plano de saúde complementar. Ao menos 1,2 milhão de usuários é afetado pela suspensão integral do serviço.
No final de maio, a falta de negociação foi o argumento principal para que os rodoviários cruzassem os braços. Na ocasião, cerca de 2,5 mil coletivos ficaram estacionados na garagem e a paralisação relâmpago de aproximadamente 12 mil trabalhadores afetou ao menos 1,5 milhão de pessoas de todo o DF.
[SAIBAMAIS]
Duas interdições de vias também ocorreram no mesmo mês. A DF-205, perto do Paranoá, foi bloqueada nos dois sentidos por funcionários da cooperativa Cobrataete, que faz as linhas Varjão, Lago Norte, Planaltina, Paranoá, Lago Sul e Itapoã. A categoria queria o pagamento do ticket, cesta básica e dos salário atrasados. Cerca de 42 mil passageiros ficaram sem ônibus.
Já em abril, o motivo do protesto foi o projeto de lei sobre a terceirização. Veículos da São José, Piracicabana, Marechal, Urbi e Pioneira ficaram sem circular até às 6h. Apesar de rápido, o ato deixou as paradas lotadas. No final do mês, motoristas e cobradores de duas companhias fecharam a entrada da Estrutural para reivindicar mais segurança na área.
Os brasilienses também enfrentaram transtornos em março com a paralisação de duas empresas: Marechal e Pioneira. A interrupção do serviço deixou mais de 1,1 mil ônibus sem circular e afetou ao menos 500 mil usuários do transporte em 13 regiões do Distrito Federal.
No início de janeiro, três coperativas de ônibus que atendiam sete regiões como Santa Maria, Riacho Fundo I e II, cruzaram os braços. À época, eles afirmavam que não receberam salários e benefícios referentes a dezembro de 2014. No mesmo mês, uma paralisação de 15 dias dos ônibus que circulam na região de Brazlândia provocou revolta nos moradores, que chegaram a fechar as saídas da cidade. No dia 21, os funcionários da empresa Marechal também pararam para reclamar sobre os pagamentos atrasados e no repasse de cestas básicas. Quase 500 veículos não rodaram nas regiões do Guará, Lúcio Costa, Taguatinga Sul e P Sul, em Ceilândia.
Assista a reportagem da TV Brasília:
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