A funkeira brasiliense MC Bandida é uma das mais de 20 mil pessoas a se candidatar a uma vaga de conselheiro tutelar do DF. Ela deu início ao processo na última sexta-feira (5/6), para tentar ocupar uma das cinco vagas disponíveis no Varjão, onde mora. Nas últimas eleições, ela tentou emplacar como deputada distrital, mas conseguiu apenas 237 votos. Para concorrer ao cargo de conselheira, Bandida terá que fazer uma prova de conhecimentos gerais, prevista para ocorrer no próximo dia 5.
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Segundo a cantora, que fora dos palcos apresenta-se como Valéria Santana, 28 anos e jornalista, a ideia da candidatura partiu dos vizinhos. ;Pessoas de comunidade vieram aqui em casa com essa sugestão, pois sou uma pessoa muito ativa nas redondezas. Gosto muito de ajudar as crianças; disse ao Correio.
Se for eleita, garante, ela não deixará de comparecer aos cerca de 10 shows que marca por mês. ;Não preciso parar com a agenda. Dá para fazer as duas coisas. Sigo a mesma linha de quando tentei ser deputada. Consigo administrar;. Antes de se consideraruma possível conselheira, Bandida e precisará comprovar que tem experiência relacionada ao atendimento de crianças e adolescentes, de forma documental ; conforme previsto no edital da seleção.
As eleições para conselheiro tutelar estão marcadas para 4 de outubro em todo o Distrito Federal. No Varjão, segundo a funkeira, ocorrerão na Escola Classe. A Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, no entanto, não confirmou. Moradores poderão escolher 5 pessoas para ocupar o cargo. Vence quem tiver mais votos.
Segundo a Secretaria, as incrsições para ocupar o cargo no DF bateram recorde. A pasta alegou que o número foi, pelo menos, quatro vezes superior ao do último processo seletivo, ocorrido em 2012, quando 5.417 pessoas se candidataram às 200 vagas de conselheiro tutelar disponíveis no Distrito Federal. O salário é de R$ 4.684,66 e o mandato dura 4 anos.
Direito adquirido
Para facilitar o reconhecimento dos fãs, a funkeira e ex-candidata a deputada distrital Valeria Maria de Santana (PHS) brigou na Justiça pelo direito de usar o nome artístico na urna eletrônica. Após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), MC Bandida tornou-se uma concorrente oficial. Ainda assim, não conseguiu se eleger.