O rompimento da deputada distrital Celina Leão (PDT) com a base do governo movimentou a Câmara Legislativa do DF na última terça-feira e expôs as disputas internas nos partidos. Esta semana, as brigas prometem esquentar ainda mais os bastidores da política local. O PDT, por exemplo, dará início a um processo de discussão interna para decidir se desembarca da base em definitivo ou se permanece ao lado do governo. Dentro do PSDB, o imbróglio é maior: os dirigentes da sigla não conseguem chegar a um acordo nem sobre a data que será realizada a eleição interna. No PSB, que está à frente o GDF, depois de muita negociação, chegou-se a um consenso para a recondução de Marcos Dantas no comando dos socialistas brasilienses. Estava tudo certo para a vitória dele, mas, depois de uma militante obstruir a votação do diretório regional, a eleição foi adiada e ainda não tem data para ocorrer.
No ninho tucano, os únicos dois detentores de mandato, o deputado distrital Raimundo Ribeiro e o federal Izalci Lucas, sonham com o posto mais alto do partido. Eles se articulam para vencer a disputa desde o início do ano. No começo de maio, foram eleitos os representantes das zonais da sigla. Ribeiro diz ter feito maioria em todas 21 regiões e crê na realização da eleição interna semana que vem. Izalci, por sua vez, afirma que nem sequer participou das zonais porque teria recebido ;um compromisso de que seria presidente por consenso;. Aliados do congressista também alegam que o pleito não pode ocorrer porque só 2 mil filiados participaram das discussões nas zonais, o que representa 6% da legenda ; o quórum mínimo é 80%.
Eleição
No próximo fim de semana, ocorre eleição interna nos diretórios regionais do partido em todo o Brasil. O PSDB-DF desejava fazer o mesmo. Mas o presidente regional, Eduardo Jorge, descarta essa possibilidade. Como a sigla em Brasília está sob intervenção federal, apenas a comissão interventora, comandada por Jorge, tem poder de convocar eleição: ;A disputa está radicalizada, nenhum dos dois aceita abrir mão. Quando será a eleição depende de as forças entrarem em um consenso que dê à direção nacional o mínimo de segurança de que o partido vai se desenvolver;, explica. A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia e o ex-deputado Luiz Pitiman apoiam Ribeiro. O ex-presidente da sigla Márcio Machado está do lado de Izalci.
A disputa no PSB chegou ao núcleo central do Palácio do Buriti. Dois dos principais articuladores políticos do governo, o secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, e o chefe de gabinete do governador, Rômulo Neves, desejavam presidir a legenda. Dantas está há 10 anos à frente do partido e Rômulo defendia a necessidade de renovação da direção partidária. Mas, como Dantas tem ampla maioria na base, o chefe de gabinete não obteve sucesso na ofensiva e, depois de muita negociação, retirou a candidatura à presidência.
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