O grande movimento de turistas em um dos lugares mais belos de Formosa, o Poço Azul, a 150km de Brasília, levou a uma grave deterioração da natureza. Antes da intensa visitação, a nascente virgem era coberta por vegetação. O movimento de quase 200 pessoas nos fins semanas, no entanto, destruiu as características originais do local. O assoreamento nas margens ameaça a sobrevivência da área onde ficam nascentes de um dos afluentes do Rio Urucúia. Diante disso, o proprietário proibiu a circulação de pessoas na região.
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O Poço Azul é conhecido e frequentado por brasilienses e turistas de todo o país. A distância e o difícil acesso, por estrada de terra, não foram empecilho para a chegada. No local, há duas nascentes que formam um poço em meio à mata nativa. A característica da água azul-cristalina é um atrativo. Porém, as visitações não foram controladas e, com isso, vieram os problemas. Excesso de lixo, corte de árvores e até o banho prejudicaram o ambiente. O assoreamento é uma das principais preocupações de ambientalistas.
Para o biólogo e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) Carlos Henrique Gonçalves, a proibição de visitas no local é uma necessidade. ;O grau de desmatamento é gravíssimo. As pessoas acampavam, faziam fogueiras e espalhavam lixo. Os resquícios são favoráveis para incêndios;, comentou. O especialista observou a deterioração das margens e da mata. ;Se nada for feito, com a incidência das chuvas, a terra levada pode diminuir esse poço a ponto de, um dia, não existir mais.; Segundo ele, para o local se recuperar, seriam necessários cinco anos. ;Mesmo assim, o poço não poderá ser usado para banho, apenas para observação;, concluiu.
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