Jornal Correio Braziliense

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CPI vai investigar licitação de 2012 sobre renovação de ônibus no DF

Abertura da comissão foi protocolada ontem na Câmara Legislativa. Atuação de advogado também será analisada pelos distritais

Está em processo de abertura no legislativo local uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a licitação de 2012 do GDF que renovou a frota de ônibus na capital. A partir de hoje, os parlamentares têm 10 dias para indicar os cinco integrantes e eleger presidente, vice e relator da CPI do Transporte Público no DF. No requerimento de abertura da comissão, feito pelos deputados Raimundo Ribeirto (PSDB) e Celina Leão (PDT), a justificativa para dar início às investigações foi a suspeita de as empresas e os advogados comuns que participaram da licitação eram pautados por ações coordenadas e organizadas, ;aniquilando a ampla concorrência, o que pode estar acarretando prejuízos irreparáveis aos cofres públicos;.

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O documento, assinado por todos os 24 distritais, alega que as viações Piracicabana e Pioneira venceram irregularmente as concorrências para as bacias 1 e 2, respectivamente. Isso porque ambas pertencem ao mesmo empreendimento econômico, o Grupo Constantino. A atuação do advogado Sacha Reck é outra suspeita levantada pela CPI. Ele defendeu as duas empresas que participaram da mesma licitação. E o mais grave: teria prestado consultoria à Secretaria de Transporte nessa época.

O próprio escritório da qual fazem parte Guilherme Gonçalves e Sacha Reck teria confirmado, por meio de uma página na internet, o trabalho realizado para a pasta: ;Atuamos na capital a partir de contrato firmado pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) em 2009, vinculado a acordo de cooperação técnica com a secretaria de Transporte;.

Convocado na Câmara Legislativa, o chefe da pasta na gestão de Agnelo Queiroz (PT), José Vasquez Filho, anos atrás, confirmou que Reck prestou serviço ao GDF a fim de ajudar na elaboração da licitação. ;No governo, assim como no jogo do bicho, vale o que está escrito, não é? É óbvio que qualquer pessoa que está dentro de uma órgão público e presta algum serviço tem um contrato. O senhor Reck tem um contrato;, disse Vasquez naquela oportunidade.

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