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Cidades

Polícia prende mulher que manteve o filho acorrentado em cama no DF

Em depoimento, Maria das Dores Oliveira, de 58 anos, afirmou ter tomado a decisão em um ato de desespero. Segundo ela, o filho sofria esquizofrenia paranoica, era usuário de drogas e estava envolvido com ;más companhias;. Além disso, Maria das Dores afirmou ter sofrido ameaças de morte.

A mulher acorrentou o jovem enquanto ele dormia. ;O filho disse que foi acorrentado porque a mãe quer interná-lo e ele não merece ir para uma clínica. Quando os agentes chegaram ao local, se depararam com uma situação delicada;, afirmou o delegado-chefe da 11; Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), Victor Dan.


Em depoimento gravado, Maria das Dores afirmou estar há 17 anos na luta para cuidar do filho e se disse cansada. ;Eu não quero ele porque me faz mal ver as pessoas dando porrada (sic) e jogando ele dentro do córrego. Muita gente se aproveita da deficiência dele. Depois que o Ministério Público retirou os direitos civis do meu filho, deveria ter arrumado uma casa terapêutica para ele;, disse.

Segundo a mulher, ela comprou as correntes e colocou gazes nos tornozelos para não machucar o jovem. ;Ele não passava fome nem era maltratado. Não tenho casa, moro em cima de dois freezers dentro de um quiosque. Há três dias não tomo banho nem durmo. Meu filho estava morando em uma quitinete emprestada de um senhor de 83 anos que foi para o Rio de Janeiro;, lamentou.

Apesar da situação de desespero da mãe, o delegado-chefe explicou que ela ultrapassou os limites da lei. ;Ela foi presa em flagrante pelo crime de cárcere privado cuja pena é de 2 a 5 anos de reclusão;, esclareceu.