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Operação Trick: supermercado doou R$ 360 mil a campanha de deputada

A deputada distrital Telma Rufino é uma das investigada pela polícia na operação do esquema de empréstimos fraudulentos do Banco do Brasil

Uma das investigadas pela Operação Trick, deflagrada pela Polícia Civil do DF nesta quinta-feira (30/4), a deputada distrital Telma Rufino teve como um dos maiores financiadores de campanha o José Tatico, dono do Supermercado Tatico. Do total de R$ 592.184,44 doado por fornecedores da candidatura da parlamentar, R$ 360 mil foram dados pelo empresário. Já o presidente regional do Partido Pátria Livre (PPL), Marco Antônio Campanella, também envolvido da investigação, ofereceu R$ 520 para a atual distrital.

Tatico foi ex-distrital e ex-deputado federal por Goiás e pelo Distrito Federal. Ele também emprestou o nome e a imagem para que ela pedisse votos em cidades da capital e do Entorno. Telma tem 46 anos e se candidatou pela segunda vez. Em outubro do ano passado ela assumiu a gerência regional de Arniqueiras, local onde mora.

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Durante a manhã desta quinta-feira, policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa da parlamentar. Policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) cumpriram 32 mandados de conduções coercitivas e 38 de busca e apreensão.

O esquema envolve 55 empresas fantasmas e 19 empresas reais que faziam empréstimos fraudulentos no Banco do Brasil. A instituição financeira era vítima da ação. A suspeita é de que o prejuízo gerado varie entre R$ 70 milhões a 100 milhões de reais.

Em nota, a assessoria de imprensa da deputada Telma Rufino destacou que a parlamentar desconhece o teor do inquérito e garantiu que ela vai se manifestar sobre o caso assim que tiver acesso à investigação. ;Em data oportuna e marcada previamente a distrital comparecerá à sede da Corf para se inteirar sobre os fatos e prestar possíveis esclarecimentos. A deputada afirma ser a principal interessada na resolução do inquérito e se coloca à disposição para auxiliar nas investigações;, informou o documento.

Essa é a primeira fase da operação e, por enquanto, não envolve prisão. A Polícia Civil investiga a ação fraudulenta há 1 ano e 7 meses. Novas fases devem ser desencadeadas após os depoimentos e coleta de dados.