A ação ocorreu no Condomínio Mini Chácaras do Lago Sul, localizado no Altiplano Leste (situado entre o Paranoá e o Lago Sul). Trata-se de desdobramento das Operações Faraó I e II, referentes a fatos ocorridos em 2012 e 2014. Na ocasião, a polícia removeu construções irregulares e prendeu pessoas suspeitas de invasão de área pública.
Segundo o delegado-chefe da Dema, Ivan Dantas, a operação é fruto de um trabalho de seis meses de investigações. Eles são suspeitos de receber lotes entre 2012 e 2013 no Condomínio Mini Chácaras como forma de pagamento para avisar datas em que ocorreriam as Operações de Desobstrução de Áreas pelo Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo e omitir ou retardar a realização de fiscalizações naquela área. A apuração aponta, ainda, que os lotes estavam em nomes de parentes dos fiscais e que, à época dos crimes, um dos servidores era lotado na Secretaria de Regularização de Condomínios (Sercond).
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O delegado explicou que os lotes eram avaliados em aproximadamente R$ 90 mil e um dos auditores teve parte do dinheiro do repasse de lotes, depositado na conta. Durante as investigações também foi constatado um intenso contato telefônico entre o síndico, a ex-diretora e os três auditores. ;Os telefonemas causaram estranheza. Não fazia sentido servidores Públicos que tinham o ofício de inibir a prática de grilagem de terras permanecerem em contato constante com os outros suspeitos;, afirma Dantas.
Computadores, documentos e sessões de direito foram apreendidos durante os mandados de busca e apreensão. Na delegacia todos negaram participação no crime. ;Agora, vamos analisar todas as provas e investigar a participação de terceiros no envolvimento do crime;, explica o chefe da Dema. Se condenados, os auditores irão responder por corrupção passiva e o síndico e a ex-diretora do condomínio, por corrupção ativa. Eles podem pegar até 12 anos de prisão.