O documento foi assinado por dois líderes do FNL e por representantes do GDF três dias após a desocupação do acampamento anterior, no Núcleo Rural Águas Quentes, considerado uma invasão pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis). O terreno atual tem como objetivo servir de acampamento temporário até que sejam atendidas as demandas habitacional e agrária da população, que se comprometeu com a bandeira da sustentabilidade e deve ser fiscalizada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e pela Secretaria do Meio Ambiente. Eles não podem, por exemplo, levantar construções.
A desempregada Lucélia Ribeiro, 24 anos, chegou ao acampamento de carona ontem com os quatro filhos para se juntar ao marido, que foi na quinta-feira montar a barraca e aguardar a família. ;Eu estava no outro acampamento quando tivemos que sair. Foi muito triste, porque foi de repente e não tivemos tempo para nada, então, só arrumamos as coisas e deixamos a lona, a madeira e tudo o que levantamos lá para fazer tudo de novo aqui;, lembra.
A dirigente do movimento no DF e Entorno, Petra Magalhães, informou que, até o momento, pelo menos 300 pessoas estão no local, que tem capacidade para 2 mil famílias. ;No Distrito Federal, são mais de 10 mil famílias cadastradas no FNL que não têm condições de comprar uma casa e acabam se endividando com o aluguel ou ficando na casa de parentes;, afirma.