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Os historiadores ainda não se decidiram: para os militares, a ;revolução; foi no dia 31; para esquerda, em 1; de abril. Há também os que apontem 2 de abril como o dia em que o Congresso Nacional depôs o presidente João Goulart. Mas sobre algo não resta dúvida: esse mesmo Congresso foi testemunha, na noite desta quarta-feira (1;/4), de um sonoro ;sambão;, em luto-memória dos 51 anos do golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil.
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Batizado de "Samba da resistência", o evento reuniu os manifestantes em torno de uma roda de música, com hinos como Apesar de você ; canção de Chico Buarque lançada em 1970 e censurada durante o regime militar ; cantados a plenos pulmões. O grupo se reuniu sob a estrutura do Museu Histórico de Brasília, na Praça dos Três Poderes.
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A manifestação contou com projeções no prédio do museu que conta a história da cidade. "Fim dos autos de resistência", "Revogação da Lei de Segurança Nacional", "Revisão da Lei da Anistia", "Efetivação imediata das recomendações da Comissão Nacional da Verdade" e "Punição aos torturadores" eram algumas das palavras de ordem.
Protestos desse tipo aconteceram também, nesta quarta-feira, em Niterói e em São Paulo.
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Contra o gosto de choque do metal nas bocas
Durante o útimo protesto contra o governo Dilma Rousseff, em 15 de março, vários manifestantes foram entrevistados e fotografados em várias cidades do país defendendo o retorno do regime militar ao poder. O texto convocatório do ;sambão;, no evento criado via Facebook, faz referência a esse processo: "Cientes de que a história é processo dinâmico, e que bradar para que a mesma readmita em seu composto orgânico um contexto em que o gosto de choque do metal nas bocas, a dizimação das ideias e a invasão ao corpo humano como medida política é contribuir com seu suicídio, nos apresentamos em coletivo com o objetivo claro, diante do terror político assinalado por esta data e todas as consequências humanas por ela desencadeadas, de resgatar os trechos desmascarados deste contexto de maior desrespeito aos princípios democráticos de nosso enredo social".
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