Cidades

Governo aumenta os subsídios pagos a duas empresas de transporte público

Revisão da tarifa técnica foi motivada por paralisações dos rodoviários. Secretário de Mobilidade diz que a diferença não será cobrada na passagem dos usuários

Isa Stacciarini
postado em 28/03/2015 07:56

Ônibus no pátio da Viação Pioneira: custo técnico da empresa passou de R$ 2,82 para R$ 3,74

Após recomendação do Ministério Público, o Governo do Distrito Federal (GDF) revisou os valores de subsídio repassados para a Viação Pioneira e para a Marechal, empresas que atendem, respectivamente, 300 mil e 200 mil usuários. Os preços alterados referem-se aos da tarifa técnica, ou seja, aquilo que é pago pelo Estado para complementar a remuneração das concessionárias do transporte público do DF. A Pioneira, que antes tinha uma tarifa técnica de R$ 2,82 por usuário, agora passa a R$ 3,74. Já o custo técnico da Viação Marechal subiu de R$ 3,26 para R$ 4,75. Embora a revisão seja de 31,87% e 45,91%, respectivamente, por enquanto a diferença não será cobrada na passagem do usuário. A medida foi publicada na quinta-feira no Diário Oficial do DF.

A verba repassada pelo governo refere-se à diferença entre o valor da passagem do usuário e a tarifa técnica. Funciona assim: o preço cobrado na catraca de cada pessoa que utiliza um dos ônibus da Viação Pioneira e da Marechal varia de R$ 2 a R$ 3. Se considerar o maior valor, o passageiro que embarca em um coletivo da Pioneira no Gama para o Plano Piloto paga R$ 3, mas a tarifa técnica por usuário é igual a R$ 3,26. Por isso, a diferença de R$ 0,26 é custeada pelo governo.

A causa imediata da revisão da tarifa técnica foram as constantes paralisações de rodoviários ocorridas no ano passado. Na época, houve reunião entre a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (Prodep), o Transporte Urbano do DF (DFTrans) e o Sindicato dos Rodoviários do DF para tentar chegar a um acordo. Um dos critérios estabelecidos era de que o governo faria a revisão da tarifa técnica, o que não aconteceu. ;No começo do ano, entre janeiro e fevereiro, os procuradores chamaram o governo com o objetivo de prevenir novas greves e solicitava o cumprimento da revisão da tarifa;, explicou o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé.

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