Depois da aposentadoria na carreira de jogador de futebol, Adirley Queirós, 45 anos, decidiu, por acaso, ingressar no curso de cinema da Universidade de Brasília (UnB). O início sem muitas expectativas se tornou 10 anos de trabalho premiados e reconhecidos nacional e internacionalmente, em importantes festivais. Os filmes do cineasta ajudaram a mostrar Ceilândia para o resto do mundo.
Adirley acredita que a geração dele já está muito próxima de cumprir o papel a que se propôs. Agora, é a vez de a próxima descobrir os espaços que quer ocupar e promover as próprias mudanças. Enquanto os jovens dos anos 1980 e 1990 se distanciavam da capital federal, os de hoje, na opinião de Adirley, cultivam uma fluidez maior e circulam em diferentes lugares. O cineasta espera até que essas pessoas possam ter uma visão crítica da obra dele no futuro. ;Os filmes que eu faço são a minha visão de Ceilândia, que é muito específica. Mas existem várias ceilândias. Acho muito interessante o lugar do embate;, finaliza.