A morte do sargento Reinaldo Vieira, assassinado a tiros quando atendia uma ocorrência de violência doméstica no último fim de semana, deixou os colegas da Polícia Militar do DF indignados e os políticos em polvorosa. Com um discurso forte, o comandante-geral do 20; Batalhão da PM, o tenente-coronel Wilson Sarmento dos Santos, organizou um ;ato contra a impunidade; para esta manhã, com uma caminhada do Itapoã ao Paranoá, onde o crime ocorreu. Moradores foram às ruas do Paranoá para pedir mais rigor na punição a criminosos. Com faixas e balões brancos, adultos e crianças pediram reestruturação nas leis do país, neste domingo (22/3).
[SAIBAMAIS]Os deputados Alberto Fraga (DEM-DF), Jair Bolsonaro (PP-RJ), Rôney Nemer (PMDB-DF), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Laerte Bessa (PR-DF) gravaram vídeos de apoio ao protesto, distribuídos por mensagens de WhatsApp entre os policiais militares. Em ofícios enviados aos deputados com pedido de apoio à passeata, o tenente-coronel Sarmento sugere que os manifestantes vistam camiseta branca e defendam as seguintes bandeiras: ;Se tem idade para cometer, tem idade para responder;, ;Leis penais mais duras, sociedade mais forte;, ;Lugar de preso é na cadeia;, ;Pelo fim dos indultos;, ;Pelo fim do saidão de Páscoa, Natal e Dia das Mães;.
Nesse episódio, o primeiro gesto político foi a presença do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) no enterro do sargento. Foi a primeira vez que um chefe do Poder Executivo acompanhou o sepultamento de um policial morto em serviço. Em nota à coluna, a Secretaria de Segurança e o Comando da Polícia Militar dizem que compartilham o sentimento de comoção provocado pela morte do sargento Vieira, mas ressaltam que a PM, como instituição de Estado, não assume bandeiras políticas.